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Organização vê copa como oportunidade para evangelismo

Cristã residente do Qatar afirma que as pessoas no país têm interesse em ouvir sobre Deus.

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Copa do Mundo no Qatar (Foto: Reprodução/AP)

A Copa do Mundo do Qatar 2022 é considerada uma das mais controversas da história, envolvendo questões como as condições dos trabalhadores da construção dos estádios, a situação das mulheres e a proteção das minorias e a liberdade religiosa.

Nesse sentido, segundo Evangelical Focus, organizações como a Portas Abertas acreditam que a Copa do Mundo oferece a oportunidade de trazer à tona a interpretação restritiva da liberdade religiosa do Qatar.

“Um evento como a Copa do Mundo da FIFA nos dá uma plataforma para chamar a atenção para as restrições legais e sociais impostas aos cristãos no Qatar”, destacam a porta-voz da Portas Abertas no Oriente Médio, Anastasia Hartman, e Rachel N. da ONG Care4You, que trabalha com comunidades no Oriente Médio e no Norte da África.

Além disso, a Copa do Mundo também levantou questões sobre a situação dos cristãos no Qatar. A Portas Abertas classifica o país como o 18º lugar mais perigoso do mundo para o cristianismo em sua Lista Mundial de Monitoramento.

Sendo assim, elas explicam que a Constituição do Qatar designa o Islã como a religião estatal, tendo a Sharia Law como a principal legislação. Ela proíbe a discriminação religiosas e garante a liberdade de praticar ritos religiosos, mas essas liberdades são enquadradas dentro de limites baseados na Sharia e em ‘preocupações morais’.

De acordo com Sandra Testino, uma cristã evangélica que vive no país há mais de seis anos, a Copa do Mundo será uma boa oportunidade para os muitos cristãos que vierem ao país, seja para trabalhar, como parte das equipes de jornalistas, ou como parte das equipes qualificadas, para compartilhar sua fé.

“Aqui há muitas oportunidades para compartilhar as Boas Novas, porque há muito interesse em ouvir falar sobre fé, espiritualidade ou amor a Deus. Não é um campo seco, como talvez aconteça na Europa, onde as pessoas estão tão acostumadas ao nome de Jesus que é difícil para elas ter um encontro com Jesus”, afirmou.

Por fim, Hartman e Rachel ressaltam que a celebração da Copa do Mundo chamou muita atenção dos políticos para o histórico de direitos humanos do país, e um compromisso significativo e impactante com o governo do Catar é a chave para apoiar os esforços para fortalecer a igreja.

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