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Na semana das mães, Paolla Oliveira defende aborto; Evangélicos reagem

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A atriz Paolla Oliveira gerou polêmica ao defender a legalização do aborto em entrevista ao programa Roda Viva, exibido na semana que antecede o Dia das Mães. Durante a conversa, a atriz da TV Globo afirmou que a decisão sobre a interrupção da gestação deve ser exclusivamente da mulher.

“Isso é uma escolha da mulher. Eu sou a favor. Eu acho que isso tem que ser com todas as… o que deve ser visto, revisto, em relação ao que tem a ver com leis, mas é uma decisão da mulher. Tem que ser”, declarou Paolla, evidenciando seu apoio à legalização do aborto.

Paolla também sugeriu que a proteção legal à vida dos bebês deveria ser revista, considerando-a como secundária frente à vontade da mãe: “Acho que a gente tem que rever. Acho um grande retrocesso a gente não pensar nisso como uma possibilidade”, afirmou, indicando sua visão de que o direito da mulher sobre seu corpo deveria prevalecer, mesmo sobre as leis de proteção à vida.

Em contraponto, a vereadora evangélica Sonaira Fernandes (PL-SP), mãe e defensora dos direitos da vida, manifestou sua discordância com a posição da atriz em uma publicação no Instagram: “Isso não é empoderamento feminino, Paolla Oliveira. Na semana do Dia das Mães, a Paolla Oliveira falou, no Roda Viva, que o aborto é um direito da mulher. Mal ela sabe que, em países onde essa política vigora, a maioria dos bebês abortados são meninas”, escreveu a vereadora, apontando uma crítica ao fato de que, em muitas nações, a prática do aborto afeta de forma desproporcional as meninas.

O pastor Renato Vargens também se posicionou contra a defesa do aborto feita pela atriz, destacando a ocasião em que o tema foi tratado no programa de entrevistas da TV Cultura. Vargens, conhecido por sua postura conservadora, questionou o argumento de Paolla Oliveira: “Há poucos dias do Dia das Mães, a atriz Paolla Oliveira foi à TV defender o aborto. A atriz, que não foi abortada, deveria responder à pergunta: a escolha da mulher de matar um inocente no ventre coaduna com o direito à vida?”.

O pastor ainda levantou uma reflexão sobre o direito à vida do bebê: “E se, no ventre da mulher, houver outra mulher? Como fica o direito dessa mulher?”, questionou, colocando em pauta a vulnerabilidade do bebê no útero.

O debate sobre a legalização do aborto tem sido promovido por diversos grupos ativistas e por setores da mídia, que defendem a autonomia da mulher sobre a decisão de interromper a gestação. No entanto, o cristianismo segue sendo um dos maiores opositores dessa prática, com muitas vozes evangélicas defendendo o direito à vida, desde a concepção. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, anualmente, mais de 40 milhões de abortos são realizados ao redor do mundo, tanto de forma legal quanto ilegal.

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