Parlamento Europeu preocupado com crise religiosa na Índia

O Parlamento Europeu recentemente aprovou uma resolução conjunta instando o governo da Índia a tomar medidas urgentes para restaurar a calma em Manipur, onde uma crise tribal e religiosa resultou na destruição de várias igrejas cristãs.

A resolução, aprovada por ampla maioria, também pediu às autoridades indianas que combatam a impunidade das multidões envolvidas na violência e que respondam à situação de acordo com suas obrigações internacionais de direitos humanos.

De acordo com Evangelical Focus, os representantes europeus também fizeram um apelo aos líderes políticos para que evitem declarações inflamatórias e desempenhem um papel imparcial na mediação das tensões. Além disso, pediram que não criminalizem aqueles que criticam a conduta do governo.

A comissária da UE, Mairead McGuinness, expressou a preocupação da União Europeia com a situação em Manipur, enfatizando o grande número de mortes, feridos e deslocados. McGuinness reconheceu algumas medidas tomadas pelo governo indiano, como a criação de uma comissão de inquérito e de um comitê de paz, e espera que essas ações tragam resultados em breve.

A resolução também instou os estados membros da UE a levantarem sistematicamente e publicamente as preocupações de direitos humanos com a Índia, especialmente em relação à liberdade de expressão, religião e o espaço cada vez menor para a sociedade civil.

O eurodeputado holandês Bert-Jan Ruissen, membro do Partido Reformado da Holanda, ressaltou que um novo acordo comercial com a Índia não pode ser estabelecido sem garantias rigorosas. Ele apresentou três pedidos à Comissão Europeia, incluindo a implementação efetiva das linhas diretrizes da UE para a liberdade religiosa, a exigência de um mandato permanente para o Comissário de Liberdade Religiosa da UE e recursos adicionais para sua equipe, além da proposta de dedicar o dia 24 de junho como o Dia Europeu de Luta contra a Perseguição Religiosa.

A situação em Manipur é uma preocupação para a União Europeia, que busca promover os direitos humanos e a liberdade de expressão e religião em todo o mundo. A esperança é que a resolução do Parlamento Europeu contribua para o fim da violência e para a proteção das comunidades afetadas na região.