evangelismo
Parte das igrejas na Bélgica não querem pregação de Graham

A Bélgica receberá no dia 27 de setembro o Festival da Esperança, liderado por Franklin Graham, filho do evangelista norte-americano Billy Graham. O encontro, promovido pela Associação Evangelística Billy Graham (BGEA), será realizado em um estádio de Bruxelas, após meses de treinamentos e mobilização entre igrejas locais de diferentes denominações.
Apoio e resistência
O festival, contudo, tem gerado divergências no meio evangélico belga. Parte das denominações aderiu à proposta, considerando-a uma oportunidade de unificação em um país marcado por divisões linguísticas — flamengo, francês e alemão — e pela fragmentação interna do movimento evangélico. Já outros grupos decidiram não participar, levantando críticas à figura de Franklin Graham e à sua ligação com líderes políticos dos Estados Unidos.
O Sínodo Federal, órgão que representa a maioria dos evangélicos belgas, declarou apoio ao evento e o classificou como um marco histórico. Por outro lado, entidades menores, como a Association évangélique d’églises baptistes de langue française (AEEBLF), anunciaram oficialmente sua não participação.
Controvérsias envolvendo Franklin Graham
O ponto central da discordância é o histórico de Franklin Graham, conhecido por ter apoiado a invasão do Iraque em 2003 e por seu respaldo público ao ex-presidente norte-americano Donald Trump. Em declarações recentes, Graham chegou a criticar líderes evangélicos que não apoiaram o republicano, chamando-os de “os que nunca apoiaram Trump, os chamados evangélicos”.
Para críticos locais, esse alinhamento político levanta preocupações quanto à mensagem transmitida ao público europeu. “Como os não cristãos verão um evangelho cujo mensageiro anda de mãos dadas com um dos líderes políticos mais controversos da atualidade?”, questionaram líderes que optaram por se afastar do festival.
Unidade ou polarização
A controvérsia expõe um dilema já presente no evangelicalismo europeu: como manter a centralidade do evangelho sem que ele seja associado a disputas políticas externas. Para alguns pastores, a aproximação entre mensagem espiritual e agendas partidárias dos Estados Unidos pode enfraquecer o testemunho das igrejas na Europa.
Ainda assim, os apoiadores do festival afirmam que o evento será dedicado exclusivamente à proclamação da fé cristã. Segundo eles, a BGEA possui ampla experiência internacional e Franklin Graham tem capacidade para conduzir um encontro com impacto espiritual.
Efeitos inesperados
Mesmo entre os que rejeitaram a iniciativa, o debate acabou incentivando diálogos inéditos entre pastores e líderes locais. A discussão sobre a pertinência do festival abriu espaço para reflexões sobre identidade, missão e unidade das igrejas na Bélgica.
Um dos líderes evangélicos resumiu a importância desse momento de comunhão: “Há algo maior na qualidade da nossa presença sensível uns aos outros do que em qualquer evento que pudéssemos organizar”.
Assim, o Festival da Esperança chega ao país em meio a expectativas de avivamento espiritual, mas também sob o peso de questionamentos sobre questões externas, de acordo com o Christian Daily.

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