igreja perseguida
Pastor é condenado por livros que “enfraquecem a fé dos muçulmanos”
Lei proíbe a venda, impressão ou distribuição de materiais contrario ao Islã.
Uma pastor vem sendo processado por autoridades da Argélia, país que ocupa o 24º lugar na Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas, por conta de uma livraria que funciona junto de uma igreja.
O líderes religioso foi condenado, junto com o dono da loja, a dois anos de prisão por uma lei que pude a venda ou distribuição de material “que vise minar a fé de um muçulmano”.
Rachid Seighir e o dono da livraria, Nouh Hamimi, estão sendo acusados de atuar para enfraquecer a fé dos muçulmanos ao vforam acusados de atuar para enfraquecer a fé dos muçulmanos por venderem livros cristãos. Cada um deles foi condenado a dois anos de prisão mais multa de US$ 3.745, que equivalem a R$ 20,9 mil na cotação atual.
A notificação da acusação de “distribuição de publicações ou qualquer outra propaganda que enfraquece a fé de um muçulmano” foi entregue por baixo da porta da Igreja Oratoire, onde Richard Seighir é pastor e Hamimi é membro.
De acordo com o Morning Star News, a igreja está localizada na cidade de Oran, na costa da Argélica, 431 km de distância da capital do país, Argel.
A lei pela qual o pastor e o fiel estão sendo condenados foi promulgada em 2006, regulamentando o culto não-muçulmano e prevendo a prisão para quem publicar ou distribuir livros, folhetos e outros materiais impressos que causem “risco á fé muçulmana”.
No ano de 2017, o governador de Oran chegou a determinar o fechamento da livraria, decisão que acabou sendo considerada inválida por um tribunal, mas que não foi cumprida pelas autoridades locais, que mantiveram o fechamento.
Já no ano de 2019, a Igreja Oratoire venceu novamente um processo na Justiça para manter a livraria aberta, mas o governo local voltou a se recusar a cumprir a sentença, mantendo a proibição para o funcionamento da livraria.
“Continuando nossa luta, pedimos a intervenção do tribunal administrativo”, explicou o pastor sobre a situação. “O julgamento chegou em 13 de outubro de 2019 ordenando a retirada dos lacres e a reabertura da livraria, com compensação financeira de 500 dinares (equivalente a U$S 3.745). Infelizmente, o governador não cumpriu a ordem da justiça e a livraria permaneceu fechada. Quatro anos de fechamento”, acrescentou Rachid Seighir.