vida cristã
Pastor que promoveu “jejum até a morte” será acusado de terrorismo no Quênia
Suspeita é de que mortes de 109 pessoas tenham ligação com culto de seita.
Um líder religioso no Quênia enfrenta possíveis acusações de terrorismo em meio a investigação sobre mortes relacionadas a um culto. Paul Mackenzie Nthenge foi preso após comparecer ao tribunal nesta terça-feira (3), juntamente com outros seis suspeitos.
Mackenzie é ligado a dezenas de mortes após fiéis participarem de um jejum coletivo incentivado pelo culto que supostamente promovia crenças radicais em busca da salvação.
As autoridades descobriram pelo menos 109 corpos em uma extensa propriedade florestal pertencente a Mackenzie no Condado de Kilifi, leste do Quênia, que supostamente continha sepulturas coletivas. Autópsias foram iniciadas para determinar a causa das mortes e oferecer encerramento às famílias das vítimas.
Em abril, Mackenzie foi detido pela primeira vez e teve a fiança negada devido ao receio de interferência na investigação. Seu advogado, George Kariuki, disse à CNN que seu cliente está saudável e alimentando-se enquanto permanece sob custódia. O Ministério Público do Quênia já havia declarado que Mackenzie e outros suspeitos “podem ter cometido assassinato” ao aconselhar e ajudar pessoas a se matarem em busca da salvação.
Além de Mackenzie, o pastor Ezekiel Odero, cuja igreja está localizada no mesmo condado, também está sendo investigado por sua ligação com o líder religioso. Odero foi preso na semana anterior em conexão com a morte de dezenas de fiéis em sua megaigreja, que atrai multidões de todo o país. Ele ficará sob custódia por mais dois dias enquanto as investigações prosseguem.
Um grande número de seguidores de Odero se reuniu do lado de fora do tribunal, fazendo orações por sua libertação. Após Mackenzie fechar sua igreja em 2019, Odero comprou dele um canal de televisão.