vida cristã
“Plano de Ação LGBTQ+” do País de Gales pode colocar pastores em risco
País de Gales apresenta lei que proíbe ajuda terapêutica para pessoas com atração indesejada pelo mesmo sexo.
Publicada pelo governo de Gales em julho, a versão preliminar do Plano de Ação LGBTQ+ para o País de Gales busca proibir todos os aspectos da terapia de esforços de mudança de orientação sexual, ou o que é muitas vezes conhecido como “terapia de conversão”.
O plano tem como objetivo “melhorar o reconhecimento das pessoas LGBTQ+ e promover a igualdade e inclusão LGBTQ+”. Alguns cristãos temem que isso restrinja a capacidade dos pastores de aconselhar as pessoas de suas congregações, e os coloque em risco de enfrentar acusações de crime de ódio ao compartilharem suas crenças bíblicas sobre sexualidade.
Muitos líderes religiosos e terapeutas cristãos procuram fornecer aconselhamento e terapia àqueles com atração indesejada pelo mesmo sexo. Nos últimos anos, vários governos ocidentais implementaram a proibições à chamada “terapia de conversão”, principalmente a nível estadual e local.
Carys Moseley, do grupo de advocacia Christian Concern, alertou sobre as consequências que as proibições podem trazer para a comunidade religiosa. Especificamente, sobre o governo galês querer que as pessoas sejam capazes de denunciar líderes religiosos à polícia por incidentes de ódio.
Segundo The Christian Post, o governo galês publicou uma avaliação detalhada do impacto da igualdade, que examina o efeito que os aspectos do Plano de Ação LGBTQ+ terão sobre diferentes grupos, incluindo a comunidade religiosa.
Apesar de admitir que a proposta de proibição de práticas terapêuticas de conversão pode restringir o direito qualificado de manifestar uma crença religiosa ou filosófica, o documento afirma que “a interferência potencial com esse direito qualificado pode ser justificada em uma sociedade democrática com base na segurança pública, saúde ou moral, ou proteção dos direitos e liberdades dos outros”.
A Avaliação de Impacto da Igualdade prevê também a possibilidade de “restringir as liberdades religiosas e colocar os líderes religiosos em risco de perseguição”. No entanto, o governo galês prometeu continuar o diálogo com as comunidades religiosas no País de Gales sobre a terapia de conversão.
“A posição do governo galês é clara, qualquer tentativa de tentar mudar ou alterar a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa através da ‘terapia de conversão’ é errada e totalmente inaceitável. Essas práticas podem infligir dor e sofrimento severos às pessoas LGBTQ+, muitas vezes resultando em traumas físicos e psicológicos duradouros. Queremos que todas as pessoas LGBTQ+ no País de Gales se sintam seguras e capazes de viver de forma autêntica e aberta como elas mesmas”, disse a Avaliação de Impacto de Igualdade.