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“Plano de Ação LGBTQ+” do País de Gales pode colocar pastores em risco

País de Gales apresenta lei que proíbe ajuda terapêutica para pessoas com atração indesejada pelo mesmo sexo.

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Bandeiras LGBT (Foto: Daniel James/Unsplash)

Publicada pelo governo de Gales em julho, a versão preliminar do Plano de Ação LGBTQ+ para o País de Gales busca proibir todos os aspectos da terapia de esforços de mudança de orientação sexual, ou o que é muitas vezes conhecido como “terapia de conversão”.

O plano tem como objetivo “melhorar o reconhecimento das pessoas LGBTQ+ e promover a igualdade e  inclusão LGBTQ+”. Alguns cristãos temem que isso restrinja a capacidade dos pastores de aconselhar as pessoas de suas congregações, e os coloque em risco de enfrentar acusações de crime de ódio ao compartilharem suas crenças bíblicas sobre sexualidade.

Muitos líderes religiosos e terapeutas cristãos procuram fornecer aconselhamento e terapia àqueles com atração indesejada pelo mesmo sexo. Nos últimos anos, vários governos ocidentais implementaram a proibições à chamada “terapia de conversão”, principalmente a nível estadual e local.

Carys Moseley, do grupo de advocacia Christian Concern,  alertou sobre as consequências que as proibições podem trazer para a comunidade religiosa. Especificamente, sobre o governo galês querer que as pessoas sejam capazes de denunciar líderes religiosos à polícia por incidentes de ódio.

Segundo The Christian Post, o governo galês publicou uma avaliação detalhada do impacto da igualdade, que examina o efeito que os aspectos do Plano de Ação LGBTQ+ terão sobre diferentes grupos, incluindo a comunidade religiosa.

Apesar de admitir que a proposta de proibição de práticas terapêuticas de conversão pode restringir o direito qualificado de manifestar uma crença religiosa ou filosófica, o documento afirma que “a interferência potencial com esse direito qualificado pode ser justificada em uma sociedade democrática com base na segurança pública, saúde ou moral, ou proteção dos direitos e liberdades dos outros”.

A Avaliação de Impacto da Igualdade prevê também a possibilidade de “restringir as liberdades religiosas e colocar os líderes religiosos em risco de perseguição”. No entanto, o governo galês prometeu continuar o diálogo com as comunidades religiosas no País de Gales sobre a terapia de conversão.

“A posição do governo galês é clara, qualquer tentativa de tentar mudar ou alterar a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa através da ‘terapia de conversão’ é errada e totalmente inaceitável. Essas práticas podem infligir dor e sofrimento severos às pessoas LGBTQ+, muitas vezes resultando em traumas físicos e psicológicos duradouros. Queremos que todas as pessoas LGBTQ+ no País de Gales se sintam seguras e capazes de viver de forma autêntica e aberta como elas mesmas”, disse a Avaliação de Impacto de Igualdade.

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