sociedade
“Porque Ele vive, posso crer no amanhã”, diz diretora da Anvisa ao aprovar vacinas
Vacina de Oxford tem eficácia de 70%, já na primeira dose. CoronaVac tem eficácia de 50,39%.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste domingo (17) o uso emergencial das vacinas de Oxford/AstraZeneca e CoronaVac/Sinovac contra a covid-19, permitindo a aplicação dos medicamentos na população brasileira. A agência transmitiu ao vivo a decisão.
Durante o voto para liberação ou não dos pedidos de uso emergencial das vacinas, a diretora da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas, que foi relatora dos pedidos feitas pelos laboratórios, fez uma declaração de fé no final do seu voto, citando um hino da Harpa Cristã.
“Antes de prosseguir, gostaria de declarar: porque Ele vive, eu posso crer no amanhã”, disse Meiruze, em referência ao trecho da canção que ganhou destaque no início da crise, quando a população cantou da janela de suas casas, fazendo um grande coral.
Servidora pública da Anvisa desde 2007, Meiruze é responsável pela segunda diretoria da agência, onde são feitas as análises dos documentos enviados pelos laboratórios. A Anvisa recebeu três pedidos para uso emergencial, mas a vacina Sputnik V/União Química, teve o pedido negado.
O primeiro pedido apresentado foi feito pelo Instituto Butantan, que fez parceria com o laboratório chinês para desenvolvimento da vacina, buscando autorização para uso de 6 milhões de doses. A vacina desenvolvida pela Sinovac gerou muita disputa política.
Relatora vota por aprovar uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford #CNNpelaVacina pic.twitter.com/k3Z5tZlh1I
— CNN Brasil (@CNNBrasil) January 17, 2021
Já o segundo pedido foi apresentado pela Fiocruz, que pediu a autorização para uso emergencial de 2 milhões de doses que deverão ser importadas da Índia. A parceria entre a fundação e a farmacêutica AstraZeneca foi anunciada durante a pandemia.
“Ressalvadas algumas incertezas pelo estágio das vacinas em desenvolvimento, os benefícios das duas candidatas superam os riscos e ambas atendem os critérios de eficácia e segurança”, afirmou Meiruze.
Meiruze condicionou a autorização do uso das vacinas à assinatura de um termo de compromisso, que deve ser enviado até o dia 28 de fevereiro. Além disso, o Butantan deverá enviar resultados sobre a imunização da vacina, esclarecendo sua capacidade.
A Anvisa destacou que a eficácia geral da vacina de Oxford/AstraZeneca é de 70,42%, podendo ser 80% eficaz com mais de uma dose. Já a CoronaVac, tem eficácia calculada em 50,39%.
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