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Portas Abertas denuncia caso crítico de refugiados afegãos

O governo do Tajiquistão iniciou uma ampla operação para deter e deportar refugiados afegãos que vivem no país, estabelecendo um prazo de 15 dias para que deixem o território. A informação foi publicada inicialmente pela agência afegã Khaama Press e confirmada posteriormente pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). A medida tem gerado apreensão entre milhares de afegãos, incluindo indivíduos com documentos de residência legal ou status oficial de asilo reconhecido pelas autoridades internacionais.
Segundo a Khaama Press, as detenções se intensificaram nos últimos dias, com maior incidência nas regiões de Vahdat e Rudaki, situadas nas proximidades da capital, Dushanbe. Testemunhas relataram que homens afegãos têm sido presos em seus locais de trabalho, sem aviso prévio e sem a possibilidade de se comunicar com seus familiares. Ainda de acordo com fontes locais, pelo menos 150 pessoas foram detidas ontem, 20 de julho, em mercados e espaços públicos, sendo deportadas à força do país.
Refugiados afetados
De acordo com relatos de grupos de apoio a refugiados, grande parte das pessoas detidas possuía status legal reconhecido. Muitas estavam registradas como refugiadas e portavam documentos emitidos por autoridades competentes. Outras estavam com pedidos de asilo em andamento, especialmente junto ao governo do Canadá, que possui programas de reassentamento para afegãos em situação de risco.
Embora o governo tajique não tenha divulgado publicamente os motivos da operação, analistas internacionais apontam possíveis conexões com a atual dinâmica geopolítica envolvendo o Talibã. Desde a retomada do poder pelo grupo extremista no Afeganistão, em agosto de 2021, diversas nações da Ásia Central têm revisto suas políticas migratórias e reforçado o controle sobre a presença de cidadãos afegãos em seus territórios, de acordo com a Portas Abertas.
Resistência local
A maioria dos refugiados afegãos no Tajiquistão foi transferida nas últimas semanas para o distrito de Wahdat, a cerca de 20 quilômetros de Dushanbe. Em resposta à crescente pressão e temor entre os deslocados, petições online começaram a circular, solicitando que o governo canadense acelere os processos de reassentamento ou viabilize evacuações emergenciais. Organizações internacionais de direitos humanos têm classificado a situação como “alarmante” e pedem ações imediatas para garantir proteção às famílias vulneráveis.
No entanto, segundo observadores no país, o governo do Tajiquistão tem ignorado os apelos da comunidade internacional e de agências multilaterais, como a ACNUR. A falta de resposta às convenções internacionais de proteção a refugiados levanta preocupações quanto ao cumprimento dos acordos firmados, como a Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados, da qual o país é signatário.
Contexto regional
A postura do Tajiquistão segue uma tendência regional. Nos últimos meses, tanto o Irã quanto o Paquistão intensificaram as deportações de cidadãos afegãos, em muitos casos sem distinção entre residentes irregulares e refugiados reconhecidos. Com a redução das opções de acolhimento, especialistas alertam que milhares de afegãos deslocados na Ásia Central e no Sul da Ásia enfrentam um cenário crítico.
Os canais formais de reassentamento são lentos e, até o momento, poucos países têm aberto novas rotas seguras de entrada. O resultado é que famílias inteiras vivem sob constante temor de prisão ou expulsão, enquanto temem retornar a um Afeganistão sob o domínio do Talibã, onde muitos são alvo de perseguição por motivos étnicos, religiosos ou políticos.
Diante deste cenário, defensores dos direitos humanos têm reforçado o clamor por solidariedade internacional e ação coordenada das nações com histórico de acolhimento humanitário. Para muitos dos afetados, o tempo é curto e as alternativas são limitadas.

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