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Primeira Bíblia impressa por Gutenberg completa 527 anos

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A impressão da primeira Bíblia por Johannes Gutenberg, em 23 de fevereiro de 1455, representa um marco fundamental na história da humanidade. Esse evento transformou a produção de livros e possibilitou a disseminação do conhecimento a uma escala jamais vista até então.

A invenção de Gutenberg da impressora de tipos móveis não só revolucionou a forma de imprimir, como também impulsionou grandes transformações sociais e culturais.

O processo de impressão da Bíblia teve início em 1450, em sua oficina de Mainz, na Alemanha, e é possível que Gutenberg já estivesse desenvolvendo a tecnologia desde a década de 1430. A conclusão da Bíblia, com seu sistema de tipos móveis, demonstrou a viabilidade dessa tecnologia e permitiu a produção de livros em larga escala. A obra ficou conhecida por diversos nomes: “Bíblia de Gutenberg”, “Bíblia de Mazarin” ou “Bíblia de 42 linhas”, devido ao número de linhas em cada uma das duas colunas de texto nas páginas.

A tiragem inicial da Bíblia de Gutenberg foi de 180 cópias. Hoje, restam apenas 49 exemplares no mundo, dos quais 20 são completos, com os dois volumes. A invenção do tipo móvel, composta por blocos de letras e símbolos metálicos que podiam ser rearranjados para formar diferentes palavras, foi fundamental para a inovação. Esses tipos eram cobertos com tinta à base de óleo e pressionados contra papel ou velino, um tipo de pergaminho de alta qualidade feito com pele de animal.

Além dos tipos móveis, Gutenberg também inventou a prensa de madeira e a tinta à base de óleo, o que ampliou consideravelmente a eficiência e a qualidade da impressão. A tiragem inicial foi realizada com a colaboração de seus sócios, Peter Schoeffer e Johan Fuchs. Apesar da importância dessa parceria, ela acabou envolvendo Gutenberg em um processo judicial, embora os detalhes desse episódio sejam pouco conhecidos.

Na época, a invenção da impressão era uma necessidade premente, impulsionada pela expansão das universidades e pela crescente demanda por livros, algo que os métodos tradicionais de cópia manual e os livros xilográficos (impressos com blocos de madeira) não conseguiam atender.

Especialistas afirmam que, além de ser o primeiro livro impresso da história, a Bíblia de Gutenberg é considerada um dos melhores livros já impressos, tanto pela qualidade do papel e tinta quanto pela precisão e perfeição da impressão, de acordo com o Evangelical Focus.

Esse marco não só transformou o processo de produção de livros, mas também teve impactos significativos na cultura e na sociedade, sendo um dos fatores fundamentais que contribuíram para o surgimento da Reforma Protestante, que mudou profundamente o cenário religioso e político da Europa no século XVI.

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