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De piada a ameaça: profeta Miguel demonstra ‘triste realidade evangélica’

Após a divulgação de ameaças nas redes sociais, os pais do pregador-mirim Miguel Oliveira, conhecido por seus vídeos como “profeta Miguel”, procuraram a Polícia Civil para registrar a situação e solicitar providências. A repercussão levou o Ministério Público a abrir uma investigação por iniciativa própria.
De acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles, o Ministério Público informou que expediu ofícios com o objetivo de reunir elementos sobre os episódios envolvendo o menor. Conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o órgão tem o dever legal de apurar situações de ameaça a menores de 18 anos, tanto por parte da sociedade quanto por omissão do Estado ou da família. A Promotoria da Infância e da Juventude acompanha os desdobramentos do caso.
Em meio à repercussão, circula nas redes sociais um vídeo em que um jovem faz insinuações sobre riscos à segurança do pregador-mirim. Diante disso, os pais de Miguel decidiram suspender qualquer contato com a imprensa.
Segundo nota enviada pela assessoria da família, “ele é menor, e os pais não querem mais falar com nenhuma mídia, pois as ameaças estão absurdas. Xingamentos e coisas absurdas. Já foram na delegacia, e nada acontece. Então, eles acharam melhor não responder e não aparecer mais”.
O caso gerou reações de líderes e pensadores do meio evangélico, que apontam preocupações com a exposição infantil e a forma como determinadas práticas têm sido conduzidas dentro de algumas igrejas. O sociólogo Thiago Cortês usou suas redes sociais para criticar a legitimação da figura do chamado “pastor mirim”:
“Não há nenhum amparo bíblico para a ordenação pastoral de crianças. A figura do ‘pastor mirim’ é sintoma da cultura de show e entretenimento que tomou conta das igrejas evangélicas”, escreveu Cortês em seu perfil no Instagram.
Neste contexto, o histórico recente do adolescente – que não deu andamento à mentoria com o pastor Elizeu Rodrigues, conhecido por sua atuação teológica no meio pentecostal – exemplifica a avaliação feita por Cortês:
“Não há nada de espiritual nisso; é apenas o efeito colateral da falta de rigor bíblico e da decadência teológica que nos atinge. Uma triste realidade que nós, evangélicos, temos que admitir e transformar”, acrescentou.
Também se pronunciou o reverendo Ageu Magalhães, que publicou no X (antigo Twitter) uma reflexão à luz das Escrituras:
“Sobre o garoto que se diz profeta, eu não estranho o que ele faz, pois é um garoto, fazendo meninices. O que estranho mesmo são os adultos que olham aquilo e dão crédito… Como disse o profeta Oséias, ‘O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento’ (Os 4.6)”.
Até o momento, a família de Miguel não divulgou novas declarações.

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