igreja perseguida
Relatório diz que milhões de cristãos vivem sob risco de sequestro e prisão
Organização realizou pesquisa sobre intolerância religiosa contra cristãos.
A Aid to the Church in Need (ACNUK), uma organização que ajuda a igreja que sofre, fez uma pesquisa que foi lançada na quarta-feira (25) e concluiu que a detenção injusta de cristãos e sequestros são as formas mais prevalentes e duradouras e graves de perseguição hoje.
A instituição de caridade disse em seu relatório anual “Libertem seus Cativos”, que milhões de cristãos em todo o mundo vivem em constante risco de serem sequestrados, e que as mulheres enfrentam dupla ameaça de estupro e outras formas de violência sexual.
A pesquisa da Portas Abertas foi citada no relatório, que indica que por mês nos 50 piores países para se viver como cristão, uma média de 309 cristãos são presos injustamente, cerca de 1.052 cristãos foram sequestrados no ano de 2019.
A ACN alertou para o aumento de sequestro de meninas menores de idade no Paquistão, cristãs ou de outras minorias religiosas, como o caso de Maira Shahbaz, de 14 anos, que foi sequestrada ano passado sob a mira de uma arma e forçada a renunciar a sua fé cristã, se casar com um muçulmano e filmada enquanto era estuprada.
Mulheres cristãs
Maira Shahbaz conseguiu escapar dos sequestradores, mas agora ela e sua família correrm risco de morte, pois estão sendo ameaçadas. Antes do relatório uma mulher cristã paquistanesa, Asia Bibi, passou anos no corredor da morte sendo acusada de blasfêmia, depois foi exonerada, ela disse que garotas como Shabaz são “alvos fáceis”.
“Sua fé cristã os torna ninguém na sociedade. Os tribunais não ficarão do lado deles. Na verdade, ninguém em nossa comunidade de fé pode ter sua segurança garantida” disse Bibi.
Ela também afirmou que como ela muitos outros em seu país também foram acusados injustamente e detidos e ela queria os ajudar: “Durante meus momentos mais sombrios, prometi que se sobrevivesse à minha provação – uma cruz que carreguei por anos a fio – eu lutaria por aqueles que sofrem, como eu”, disse ela.
Asia pediu uma atitude da comunidade internacional para acabar com a detenção injusta dos cristãos nesses países. “É hora de os governos agirem. É hora de nos unirmos em apoio às nossas comunidades fiéis, vulneráveis, pobres e perseguidas. Não devemos descansar até que o opressor finalmente ouça nosso grito: ‘Libertem seus cativos’”.