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Como saber se pregação online é bíblica? Pastor dá 4 dicas

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Como saber se pregação online é bíblica? Pastor dá 4 dicas

Com o crescimento exponencial de conteúdos cristãos na internet — pregações no YouTube, podcasts de líderes religiosos e influenciadores cristãos nas redes sociais — o desafio de distinguir entre a sã doutrina e os falsos ensinamentos nunca foi tão urgente. Essa é a avaliação do pastor e escritor John Piper, de 79 anos, que tratou do tema em um episódio recente de seu podcast.

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“Estabeleça padrões elevados”, aconselhou Piper. “Ouça pessoas que são verdadeiramente centradas em Deus, exaltam a Cristo, estão saturadas da Bíblia, dependem do Espírito e que carregam em suas vidas as marcas da autenticidade”. A declaração foi feita em resposta a uma pergunta de um ouvinte preocupado com a quantidade de mestres virtuais disponíveis: “Como posso identificar se alguém que ouço na Internet é um falso mestre?”.

Quatro testes bíblicos

Segundo Piper, não basta deixar de ouvir apenas aqueles que se encaixam claramente na definição de “falsos mestres”. Há muitos pregadores que, embora não se enquadrem tecnicamente nessa classificação, são, nas palavras dele, “equivocados e inúteis em muitos aspectos”.

Ele propôs quatro critérios bíblicos para avaliar qualquer pregador:

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  1. O fruto da vida do mestre;

  2. A solidez da doutrina que ensina;

  3. A submissão à autoridade das Escrituras;

  4. A fidelidade ao Evangelho da graça.

A base para o primeiro teste em uma pregação está em Mateus 7, onde Jesus afirma: “Vocês os reconhecerão pelos seus frutos. Assim, toda árvore sadia dá bons frutos, mas a árvore doente dá frutos ruins”. Piper ressaltou que, apesar de ser difícil avaliar a conduta pessoal de figuras online, esse exame é indispensável: “É por isso que você precisa analisar com cuidado, dedicar tempo e pertencer a uma igreja real… com um pregador real e vivo cuja vida você conhece”.

Doutrina, Escritura e Evangelho

No segundo critério, Piper destacou a importância da integridade teológica e citou 1 João 4, que afirma: “Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”. Em 1 Timóteo 6, Paulo também adverte contra os que não se alinham às “sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo”.

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O terceiro critério envolve a atitude do mestre frente à Bíblia. Piper citou 1 Coríntios 14.37-38, onde Paulo rejeita quem não reconhece a autoridade apostólica. Em 1 João 4.6, o apóstolo também escreve: “Quem conhece a Deus nos ouve; quem não é de Deus não nos ouve”.

“Os apóstolos elevaram seus ensinamentos ao nível de um teste de verdade”, disse Piper. Segundo ele, se alguém rejeita os ensinamentos apostólicos que compõem o Novo Testamento, essa pessoa não é digna de confiança como mestre espiritual.

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O quarto critério, segundo Piper, é a fidelidade ao Evangelho da justificação pela fé. Citando Gálatas 1.8–9, ele alertou para qualquer mensagem que distorça a graça: “Mesmo que nós ou um anjo do céu pregue a vocês um evangelho diferente daquele que pregamos, seja anátema”.

Piper acrescentou a advertência de Gálatas 5.4: “Vocês, que querem ser justificados pela lei, estão separados de Cristo; da graça vocês caíram”. Para ele, essa é uma questão de vida ou morte espiritual. “Falsos mestres colocam a alma em perigo”, afirmou.

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Igreja local é proteção

Encerrando sua reflexão, o pastor enfatizou a importância de uma vida fundamentada na oração e no estudo diário das Escrituras, além da participação ativa em uma igreja local fiel às Escrituras: “A melhor maneira de nos protegermos de falsos mestres é fazer parte de uma igreja saudável, que prega a Bíblia”, concluiu.

Em consonância com Piper, Sam Rainer, pastor da Igreja Batista de West Bradenton e presidente da Church Answers, reforçou esse chamado ao discernimento bíblico em artigo de opinião publicado em 2022 no The Christian Post. Para ele, o discernimento é possível mesmo sem formação teológica: “Jesus responde a essa pergunta no Sermão da Montanha”.

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Rainer citou Mateus 7.15-16: “Cuidado com os falsos profetas que vêm disfarçados de ovelhas inofensivas, mas, na verdade, são lobos cruéis. Vocês os reconhecerão pelos seus frutos”.

Ele destacou que o termo “fruto” aparece mais de cem vezes na Bíblia, geralmente em referência aos resultados visíveis da vida de alguém. “Quais qualidades se manifestam em sua vida? Para onde vão suas horas? Onde seu dinheiro é gasto? Que palavras você comunica? O que sua mente consome?”, questionou.

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Raiz na verdade

A resposta, segundo Rainer, está na dedicação pessoal à Palavra de Deus. “Se você não estiver dedicando horas, energia mental e olhos à Palavra de Deus, então você terá dificuldade em saber o que é verdade neste mundo”, escreveu. E concluiu: “Conheça a verdade de Deus e os resultados virão”.

À luz das Escrituras, o chamado à vigilância espiritual permanece atual: “Acautelai-vos, para que ninguém vos engane” (Mateus 24.4). Como enfatizou Piper, a integridade doutrinária não pode ser medida apenas pelo carisma, pela eloquência ou pela popularidade de quem ensina, mas pelos frutos e pela fidelidade à verdade revelada.

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