opinião
Suicídio: a intensidade de uma dor incompreendida
Experiências extremamente negativas e situações insuportáveis são as grandes causadoras da ideia de suicídio.
É consenso entre os especialistas que o suicídio – longe do que diz o mito popular – é uma forma desesperada de se livrar da dor. Ou seja, a pessoa que pensa no suicídio, ela quer se livrar de uma dor intensa e incompreendida, que rouba a alegria e o prazer de viver.
Essa questão é muito importante para uma abordagem séria sobre o assunto. Fugindo dos achismos e dos devaneios de quem aborda a questão sem conhecimento de causa, os especialistas entendem que a perda do sentido da vida é um fator para o desejo pela morte.
Quando alguém pensa em dar fim a própria vida, já perdeu o sentido existencial, essa pessoa foi frustrada por traumas, agonias, estresse agudo ou depressão. Experiências extremamente negativas e situações insuportáveis são as grandes causadoras da ideia de suicídio.
Como escrevi recentemente, a crise e o desespero são os principais fatores que levam a decisão de tirar a própria vida. O descontentamento e a falta de perspectiva levam essas pessoas ao extremo.
Os acontecimentos são diversos, as motivações são variadas, mas a crise, seja ela qual for, é o estopim para que a busca pela morte passe a ser considerada como uma saída. Uma decisão desesperada em meio a agonia.
Problemas na família, crises financeiras, conjugais e sociais, dores crônicas, problemas de relacionamento, doenças psicossomáticas, tais como depressão, síndrome do pânico e ansiedade, são algumas das questões que levam a busca pela morte.
As pessoas que pensam nesta possibilidade, elas estão sendo oprimidas por sentimentos de dor, frustração, desamor, desamparo, desanimo, de forma que suas mentes não conseguem raciocinar, tornando a dor insuportável a ponto de a pessoa não ver outra saída.
Uma das questões que precisa ser avaliada sobre o tema, é que muitas vezes a publicidade do ato se torna um incentivo para que outras pessoas em situação extrema pensem em tirar a própria vida.
Se a imprensa continuar a noticiar essas tragédias, a fila aumenta, mais e mais pessoas pensarão nesta possibilidade. Não estou dizendo que o tema não deveria ser tratado.
A questão ainda é um tabu em nossa sociedade, o que me leva a crer que devemos tratar do tema de maneira responsável, apresentando soluções para quem enfrenta situações que possam levar ao pensamento suicida.
Para identificarmos quem tem tendência ao pensamento suicida, precisamos sobre as questões que podem ser um estopim para esses pensamentos. Devemos abordar em nossas reuniões a maneira saudável de lidarmos com a crise, o estresse, a ansiedade, a depressão, etc.
Se as principais causas para o suicídio são as doenças psicossomáticas, resultantes das crises enfrentadas mundo afora, então devemos tratar destes temas, abordar essas questões.
Nestes tempos maus, precisamos apresentar a esperança às pessoas, compartilhar a importância da fé e cuidar uns dos outros. Demos mostrar o amor de Deus e o propósito divino de nossa existência.
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