Notícias, informações e estudos sobre "burnout"

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Reformados pela Escritura (@reformadospelaescritura) O afastamento do pastor Paulo Júnior do ministério pastoral segue repercutindo entre líderes evangélicos em todo o país. Nos últimos dias, o pastor Marcos Granconato, líder da Igreja Batista Redenção, em São Paulo, e amigo pessoal de Paulo Júnior, comentou publicamente sobre o estado de saúde do colega, revelando detalhes do que teria antecedido a decisão de se retirar temporariamente de suas atividades ministeriais. Granconato declarou que mantém amizade com o pastor Paulo Júnior “há um bom tempo” e que já participou de diversos eventos promovidos por sua igreja. “Fui à igreja dele várias vezes, preguei lá em congressos, eventos especiais. Estive com eles na Conferência Old School É um irmão querido”, afirmou. Segundo o pastor, Paulo Júnior não escondeu a gravidade de sua condição. “O que deve ser levado em conta – que o Paulo Júnior não disse e que as pessoas talvez não saibam – é que ele está doente”, relatou Granconato, indicando que o colega já vinha enfrentando sérias dificuldades emocionais antes do afastamento. O encontro entre os dois pastores ocorreu aproximadamente um mês e meio antes do episódio. Na ocasião, Paulo Júnior teria passado dois dias na casa de Granconato, junto à sua família. “Tivemos ali um tempo muito gostoso, de comunhão, desfrutando da nossa amizade, e ele disse para mim: ‘pastor, eu estou muito doente’. Ele disse: ‘estou com uma síndrome chamada síndrome de burnout’. E segundo ele, essa síndrome se manifestou das mais diversas formas, deixando-o extremamente abalado emocionalmente”, contou. Embora tenha optado por não entrar em detalhes clínicos, Granconato descreveu a enfermidade como “terrível” e associou seu surgimento à rotina ministerial intensa de Paulo Júnior. “Ele disse para mim: ‘estou com isso porque eu não tiro férias há 23 anos’. Irmãos, vocês sabem o que é isso? Sem férias há 23 anos. Isso se somou com outros problemas próprios do pastorado”, acrescentou. De acordo com o relato, médicos recomendaram um afastamento de pelo menos três meses para tratamento e repouso, incluindo o uso de medicação. “Ele foi diagnosticado com essa séria enfermidade, que deixou ele bastante abalado e fragilizado, e os médicos deram a ele uma licença de três meses do ministério, para que ele pudesse descansar e se recuperar”, explicou. Ao final de sua fala, Granconato se desculpou por expor a situação pessoal do amigo. “Nem sei se eu poderia falar isso aqui. E se o pastor Paulo Júnior em algum momento ouvir eu falando isso, espero que ele me perdoe porque o meu objetivo é ajudá-lo e desfazer certas maldades. Desfazer certas maldades que eu tenho visto nas redes sociais contra ele”, concluiu. Saúde emocional no ministério pastoral A síndrome de burnout, mencionada por Paulo Júnior segundo o relato de Granconato, é um distúrbio psíquico caracterizado por exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultantes de situações de trabalho prolongadas e desgastantes. No contexto ministerial, casos semelhantes têm sido relatados por diversos líderes cristãos, especialmente aqueles que lidam com responsabilidades contínuas sem períodos adequados de descanso. Conforme registra Êxodo 18:18, Jetro, sogro de Moisés, aconselhou o líder de Israel a dividir tarefas: “Desse modo, certamente desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; porque este negócio é muito difícil para ti, tu só não o podes fazer.” A orientação bíblica tem sido resgatada por diversos pastores contemporâneos ao discutirem a importância do equilíbrio entre ministério e vida pessoal. Até o momento, o pastor Paulo Júnior não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo das declarações de Marcos Granconato.

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