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No dia de Natal, a Ucrânia enfrentou um ataque massivo da Rússia à sua infraestrutura energética, com graves consequências para a população. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a ofensiva como uma "escolha consciente" de Moscou, acusando-a de visar deliberadamente a rede elétrica durante o rigoroso inverno. Zelensky, porém, afirmou que "a maldade russa não destruirá a Ucrânia e não distorcerá o Natal". A força aérea ucraniana relatou que 184 mísseis e drones foram detectados, embora muitos tenham sido interceptados ou erraram seus alvos. Apesar disso, houve cortes de energia em várias regiões, incluindo Kiev, onde moradores buscaram abrigo em estações de metrô. A empresa estatal Ukrenergo informou que os cortes devem durar pelo menos até o final do dia, enquanto esforços para restaurar a energia estão em andamento. Na cidade de Kharkiv, o ataque deixou cerca de meio milhão de pessoas sem água, eletricidade ou aquecimento, em temperaturas extremamente baixas. Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a ação russa, afirmando que o objetivo era "cortar o acesso do povo ucraniano ao aquecimento e à eletricidade durante o inverno". Impacto nas celebrações de Natal Este é o segundo ano em que a Ucrânia celebra o Natal em 25 de dezembro, uma mudança em relação ao calendário juliano, seguido pela Rússia, que comemora a data em 7 de janeiro. Entretanto, moradores de Kiev mantiveram o espírito natalino. Oleksandra, uma residente da cidade, disse à Reuters que planejava celebrar com comidas tradicionais quando fosse seguro sair do abrigo. Reações internacionais e contexto regional O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, descreveu os ataques como "terror de Natal" e destacou que um míssil russo atravessou o espaço aéreo da Moldávia, provocando condenações da presidente Maia Sandu. A Romênia, no entanto, afirmou que não detectou violações em seu espaço aéreo. Por outro lado, Moscou confirmou o ataque, alegando que todos os alvos foram atingidos e que o objetivo foi alcançado. Este foi o 13º ataque de grande escala contra o setor energético ucraniano em 2024, segundo a empresa DTEK. Além disso, na região russa de Kursk, quatro pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas por bombardeios atribuídos à Ucrânia, informou o governador local. Em setembro, Zelensky afirmou que 80% da infraestrutura energética da Ucrânia havia sido destruída por bombardeios russos. A intensificação dos ataques durante o inverno agrava a crise humanitária no país, onde milhões enfrentam condições adversas. O ataque no Natal simboliza a escalada do conflito, atingindo diretamente a população civil e levantando novas preocupações sobre a segurança regional. Enquanto a Ucrânia trabalha para reparar os danos, a resposta internacional continua a focar no fornecimento de apoio logístico e humanitário para mitigar os efeitos da guerra, conforme a BBC.

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