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‘Todos para fora’: cardeal ordena início da escolha do novo papa; Veja
Nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, foi iniciado o conclave no Vaticano, onde os cardeais da Igreja Católica se reúnem para escolher o novo papa, que sucederá Francisco. O evento teve início no final da tarde de Roma (início da tarde no horário de Brasília), com o fechamento das portas da Capela Sistina, local onde os cardeais permanecerão isolados do mundo exterior até a escolha do novo pontífice.
Este é o terceiro conclave do século XXI, após os conclaves de 2005, que elegeu Bento XVI, e de 2013, que escolheu Francisco. Qualquer homem católico batizado pode ser eleito papa, embora o cargo, tradicionalmente, recaia sobre membros de alto escalão da hierarquia eclesiástica, como os cardeais. Atualmente, existem 252 cardeais em todo o mundo, dos quais 135 têm direito a voto.
A limitação para votar é que apenas cardeais com menos de 80 anos de idade podem participar da eleição. No entanto, apenas 133 cardeais votarão, pois dois alegaram problemas de saúde.
O conclave é um processo eleitoral que tem se mantido praticamente inalterado nos últimos 800 anos. Com a convocação dos cardeais ao Vaticano, as portas da Capela Sistina são fechadas, e a votação continua até que um novo pontífice seja eleito.
Entre os nomes cotados para o papado, destaca-se o arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, o primeiro cardeal da região amazônica. Alinhado aos ideais do papa Francisco, Steiner é considerado um dos favoritos, devido à sua defesa de causas como a proteção ambiental e a tolerância religiosa. Nomeado cardeal em maio de 2022, Steiner se tornou uma figura de destaque, principalmente pela sua atuação em uma região onde a Igreja Católica desempenha papel fundamental.
Em entrevista à BBC News após a morte de papa Francisco, Steiner demonstrou consciência da importância do momento e expressou seu desejo de contribuir com sua experiência no conclave. “Como vai ser, eu não sei, porque eu nunca participei. Mas desejo dar minha contribuição”, afirmou, destacando que este é um momento de oração e diálogo.
Steiner também ressaltou sua responsabilidade em representar uma Igreja de esperança, presente nas periferias do mundo. Ao ser questionado sobre sua possibilidade de ser eleito papa, ele respondeu com uma brincadeira: “Não tem nenhum perigo de isso acontecer”, referindo-se à sua modéstia e afirmando que não tem a capacidade nem de cuidar de Manaus.