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Trabalho de missionária gera conversões de radicais islâmicos

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Em meio aos perigos extremos do Sahel, uma das áreas mais violentas do mundo, a missionária americana Carole Ward tem atuado para levar o Evangelho a comunidades que vivem sob constante ameaça de terrorismo. A região, que atravessa 10 países africanos do Senegal à Eritreia, concentra mais da metade das mortes globais relacionadas ao terrorismo, segundo dados recentes de monitoramento de segurança internacional.

“É muito seco. Pode fazer de 38 a 46 graus o ano todo. Mesmo no meio de uma das faixas de terra mais perigosas da África, o chamado está no meu sangue”, declarou Carole Ward à CBN News. Para ela, o Sahel não é um lugar de visitação, mas um campo de missão ao qual se é chamado por Deus.

Um chamado de décadas

A trajetória de Carole em regiões de conflito começou no norte de Uganda e se intensificou durante a guerra civil no Sudão do Sul. Enquanto muitos fugiam, ela permaneceu, guiada por sua fé. “Você morreu para si mesmo, e o diabo não pode matar um morto porque sua vida não lhe pertence”, afirmou.

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Nascida em uma família de missionários, Carole é a terceira geração a se dedicar à obra missionária. Seus pais passaram 62 anos servindo entre os povos atingidos pelo grupo extremista Abu Sayyaf, nas Filipinas. “Este mapa era o mapa do meu pai… ele colocava as mãos, principalmente em áreas muçulmanas, e chorava sem parar”, lembrou ela, apontando para um mapa-múndi pendurado em sua casa próxima à capital do Chade.

Seus avós também serviram como missionários na China por três décadas. “Percebo que o medo é contagioso, mas a fé também”, disse Carole. “Mesmo com Abu Sayyaf procurando a cabeça do meu pai por 45 anos, ele não tinha medo. Ele amava profundamente as pessoas que queimavam as Bíblias.”

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Evangelho no Chade

Atualmente, Carole está baseada no Chade, país que faz fronteira com áreas de atuação do Boko Haram, Estado Islâmico e Al-Qaeda. Apesar do risco, ela lidera um movimento nacional de oração e evangelismo entre os próprios chadianos.

“Meu desejo é avançar cada vez mais para o norte, rumo à escuridão islâmica, com o Evangelho”, declarou. Segundo ela, o avanço missionário precisa ser tão rápido quanto o avanço das forças de extremismo.

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A missão liderada por Carole já formou cinco escolas de treinamento missionário no país. “Tivemos alguns membros do Boko Haram que se converteram a Jesus em nossa escola. Já fizemos cinco delas no Chade e estamos enviando missionários”, disse. De acordo com seus dados, mais de 150 missionários locais já foram enviados.

Entre os resultados, destaca-se o batismo de 202 pessoas em uma das primeiras turmas. “Não são forasteiros, são moradores locais. Treinados, equipados e prontos para ir aonde poucos chegarão”, afirmou.

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Testemunhos de ex-muçulmanos

Um desses evangelistas é Digba Katsala, pastor e pregador de rua em N’Djamena, capital do Chade. Ele percorre a cidade com sua motocicleta, estaciona em locais públicos, monta seu equipamento de som, abre a Bíblia e prega. Mesmo com a maioria da população sendo muçulmana, Digba relata que muitos escutam e se convertem. “Às vezes, as pessoas não são muito receptivas e ficam um pouco agressivas, mas depois, quando veem que você persiste com a Palavra de Deus, elas se acostumam”, disse.

Outro testemunho é o de Abdoulaye Mayangar, ex-muçulmano e hoje missionário cristão. “Eu era um muçulmano fervoroso… Jejuava durante o Ramadã e não gostava dos cristãos”, contou. Seu pai havia treinado com extremistas para perseguir cristãos. Hoje, Abdoulaye percorre as mesmas regiões com a mensagem do Evangelho. “Deus está realmente agindo no Sahel. Eles estão vindo a Jesus em grande número, e suas vidas estão sendo transformadas”, declarou.

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Estratégia e oração

Segundo Carole, a atuação no Sahel é cuidadosamente planejada, com base em oração e mapeamento de áreas de conflito e povos não alcançados: “A oração nos transforma, nos levando a estar dispostos a entregar nossas vidas e cumprir a Grande Comissão, custe o que custar”, afirmou.

O trabalho desenvolvido por missionários como Carole, Digba e Abdoulaye evidencia uma movimentação crescente entre os cristãos da região, marcada por perseverança e conversões. Para ela, a missão no Sahel é mais do que um desafio humanitário — é a resposta a um chamado espiritual que molda destinos e redesenha fronteiras de fé.

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