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Vendedor mostra áudio e diz que Miranda tentou negociar vacinas

Gravação causou confusão na CPI da Covid e passará por perícia.

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Luis Miranda (Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)

Uma gravação enviada ao policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira que foi apresentada à CPI da Covid, mostra o deputado Luis Miranda (DEM-DF), tentando negociar a compra de vacinas com a empresa Davati Medical Supply.

Dominguetti afirmou que recebeu pedido de propina do ex-diretor de logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, que foi exonerado do cargo nesta quinta-feira (30).

O deputado Miranda se tornou a base da investigação na CPI depois que falou que alertou o presidente Jair Bolsonaro sobre um suposto esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin. Dominguetti, teria se apresentado como vendedor de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca pela Davati.

“Se o produto estiver no chão e meu nome ‘Luis Miranda, tenho aqui o produto e tal’, o meu comprador entende que é fato, ok, e encaminha toda a documentação necessária, amarra, faz as travas, faz os contratos todos, e bola para frente”, diz o áudio exibido nesta quinta-feira (1º).

Áudio ainda passará por perícia

De acordo com o policial militar, a gravação teria sido enviada a Cristiano Alberto Carvalho, que é representante oficial da Davati no Brasil. O depoente afirmou ainda que recebeu o áudio na semana passada depois do depoimento de Miranda na CPI.

O áudio teve uma reviravolta na CPI e ainda será periciado. Os senadores desconfiaram que o governo do presidente Jair Bolsonaro está tentando “virar o jogo” na investigação.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-BA), não gostou muito da situação.

“Não venha achar que aqui todo mundo é otário, nem pateta. Veja bem qual é seu papel aqui. Do nada surge um áudio do deputado Luis Miranda. Chapéu de otário é marreta, irmão”, disse Aziz.

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