sociedade
Vídeo mostra argentinos lutando por comida com empurrões e gritos
Confusão aconteceu durante distribuição de cesta básica com apenas cinco itens.
Na última quinta-feira (25) a distribuição de alimentos para moradores da comunidade argentina de Bartolomé de Las Casas, na província de Formosa, acabou virando uma grande confusão, com gritos e empurrões em volta do caminhão com os alimentos.
Em entrevista ao site TN, da Argentina, um morador local chamado identificado como Sergio relatou as cenas lamentáveis. A disputa, segundo o homem, era por uma sacola que continha apenas cinco produtos e que estava avaliada em 500 pesos (R$ 31,53).
Ele relatou que o local foi tomado por um cenário de angústica, enquanto uma confusão generalizada se formou pela disputa dos alimentos, levando jovens a empurrar idosos. Alguns dos envolvidos na confusão chegaram a desmaiar, enquanto outros caíram em meio aos empurrões.
“Eram 1.500 metros em linha, mas quando tudo quebrou, os avós colidiram com os meninos. Teve avós que entraram embaixo do caminhão e não conseguiram sair, as pessoas desmaiaram”, disse.
🇦🇷Entre gritos e empurrões, argentinos brigam desesperados por uma sacola de alimentos fornecida pelo governo. O episódio ocorreu esta semana na cidade de Bartolomé de las Casas, Formosa.
Essa é a “igualdade” da que eles tanto falam. Um povo miserável é fácil de ser controlado. pic.twitter.com/CL1YucCCa2
— Maria Laura Assis (@MLauraAssis) March 27, 2021
A Human Rights Watch (HRW) já emitiu relatório sobre a província de Formosa, por decorrência de medidas adotadas supostamente para conter o coronavírus, mas que que foram consideradas abusivas e desproporcionais em comparação a outras regiões.
“As autoridades provinciais também restringiram o trabalho da imprensa independente para cobrir a situação na província, usaram força excessiva contra aqueles que protestavam contra as medidas relacionadas com Covid-19 e, durante meses, limitaram severamente a possibilidade da população do cidade de Clorinda para se deslocar e ter acesso a cuidados médicos”, disse a entidade.