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Veja 10 conselhos de pastores para evitar tragédias na família

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Veja 10 conselhos de pastores para evitar tragédias na família

Casos recentes envolvendo adolescentes que assassinaram os próprios pais, irmãos e avós por motivos aparentemente banais têm chamado a atenção da imprensa e da sociedade. Em comum, os episódios revelam a brutalidade dos atos e a ruptura silenciosa na família, dentro de lares que, muitas vezes, pareciam estruturados.

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Na segunda quinzena de junho, um menino de 14 anos matou o pai, a mãe e o irmão de 3 anos em Itaperuna (RJ). De acordo com a CNN Brasil, o crime foi motivado pela proibição dos pais quanto a um encontro presencial com uma garota de 15 anos, conhecida por meio de um jogo online. Após cometer o triplo homicídio, o adolescente arrastou os corpos até a cisterna da casa e declarou friamente que “faria tudo de novo”. Antes do crime, o jovem havia feito buscas sobre como sacar o FGTS da família. A arma utilizada era do pai e estava escondida sob o colchão.

Casos semelhantes foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, envolvendo adolescentes entre 13 e 16 anos. Todos seguem um padrão: conflitos familiares mal resolvidos, acesso fácil a armas, frieza emocional e ausência de remorso. Tais episódios têm revelado o colapso de relações familiares fundamentais.

Rupturas em silêncio

A igreja tem sido um espaço relevante de escuta, orientação e restauração familiar. O pastor Marcelo Aguiar, da Igreja Batista da Mata da Praia (Vitória/ES), afirmou que “prevenir é sempre melhor do que remediar. A igreja previne quando orienta pais e filhos com relação a um convívio harmonioso”. Para ele, a convivência entre famílias no ambiente cristão permite não apenas o ensino, mas também a identificação precoce de sinais de desgaste emocional.

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Segundo o pastor, os vínculos familiares não se rompem de forma repentina. “Muitas vezes os pais se sentem perdidos, sem saber como estabelecer limites saudáveis. Em outras ocasiões, eles se mostram ausentes ou omissos, gerando insatisfação nos filhos”, explicou. Ele utilizou uma metáfora para ilustrar a necessidade de equilíbrio: “Assim como um pássaro precisa de duas asas para voar, um filho precisa que seus pais lhe proporcionem duas coisas: carinho e limite”.

Autoridade com afeto

O desequilíbrio entre autoridade e afeto tem sido apontado como uma das raízes da crise nas relações familiares. O pastor Marcelo recorda os ensinamentos bíblicos: “Os filhos devem obedecer aos pais, e os pais não devem provocar à ira os seus filhos”. Ele alertou sobre o enfraquecimento de valores cristãos. “Infelizmente, valores como a obediência filial e a responsabilidade paterna têm sido solapados pela sociedade moderna. Isso tende a agravar os conflitos familiares”, afirmou.

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Em situações como essas, pais podem se sentir desorientados e filhos, solitários. O pastor Josué Gonçalves, fundador do Ministério Amo Família, comentou publicamente o caso de Itaperuna. “Um menino de 14 anos matou os pais e o irmão de 3 anos, jogou os corpos numa cisterna e disse que faria tudo de novo. A motivação? Os pais não aceitavam seu namoro com uma garota de 15 anos que ele conheceu num jogo online. Como pais, essa tragédia precisa nos acordar”, lamentou.

Fé que restaura

Mesmo diante de perdas profundas, líderes evangélicos apontam caminhos de reconstrução por meio da fé. “Talvez pais e filhos precisem mudar de comportamento, liberar o perdão e administrar as consequências dos erros cometidos. Mas, com a ajuda de Deus, eles podem ter sucesso no estabelecimento de uma relação familiar saudável”, declarou o pastor Marcelo à revista Comunhão.

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Segundo ele, a mudança precisa acontecer antes da ruptura. Isso exige escuta ativa, presença constante, maturidade emocional e disposição para ajustar rotas. A fé deve ser traduzida em ações cotidianas: tempo de qualidade, disciplina com amor, atenção emocional e busca de ajuda quando necessário.

“Prevenir não é adivinhar o que pode dar errado. É cuidar intencionalmente do que pode ser protegido”, disse o pastor Josué em uma de suas publicações. E concluiu com um apelo: “O que você pode mudar hoje para salvar o seu filho, a sua filha, amanhã? Pais, esse é o momento de despertar”.

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10 orientações pastorais para os pais prevenirem tragédias silenciosas

A seguir, uma lista de recomendações de líderes cristãos para fortalecer os laços familiares e evitar rupturas emocionais:

  • Presença intencional
    Estar em casa não é o mesmo que estar presente. Compartilhar refeições, ouvir com atenção e participar ativamente da vida dos filhos é essencial.

  • Educação com afeto e limites
    Autoridade sem amor distancia, permissividade sem direção confunde. O equilíbrio entre carinho e correção é bíblico e necessário.

  • Supervisão digital constante
    A internet não substitui o cuidado dos pais. Acompanhar o conteúdo consumido e as interações online é parte da proteção.

  • Conversas francas sobre relacionamentos
    Proibir sem dialogar estimula a rebeldia secreta. Ouvir e orientar com sabedoria fortalece o vínculo.

  • Atenção a sinais de frieza emocional
    Mentiras constantes, ausência de culpa e apatia emocional são sinais de alerta. Nestes casos, buscar apoio profissional é urgente.

  • Cuidados com armas e itens de risco
    Em ambientes com adolescentes, armas devem ser trancadas e totalmente inacessíveis.

  • Confiança no relacionamento familiar
    Filhos que temem a reação dos pais escondem o que vivem. A confiança precisa ser cultivada diariamente.

  • Discernimento digital e emocional
    Nem todo contato virtual é confiável. Ensinar os filhos a reconhecer riscos é parte da educação emocional.

  • Ajuda antes da crise
    Psicólogos e conselheiros não devem ser acionados apenas em emergências. Prevenção é cuidado.

  • Revisão dos valores do lar
    Pais ensinam mais pelo exemplo do que pelas palavras. É preciso refletir sobre que cultura está moldando os filhos dentro da própria casa.

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