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Mais 17 cristãos são mortos por extremistas Fulani na Nigéria

Uma mulher cristã foi morta na manhã de segunda-feira, 4 de agosto, durante um ataque de pastores Fulani à vila de Njin, localizada na chefia de Mushere, na Área de Governo Local de Bokkos, no estado de Plateau, Nigéria. A denúncia foi feita por moradores locais à agência Christian Daily International-Morning Star News.
Segundo a moradora Dorcas Ishaya, o ataque ocorreu por volta das 10h. “Pastores fulani estão de volta”, afirmou. “Esta manhã, às 10h, eles atacaram a aldeia de Njin […] matando uma mulher cristã”.
Ezekiel Tongs, outro morador da região, informou que os agressores também roubaram propriedades e incendiaram casas. “Esses pastores não atacaram apenas a aldeia, mas também levaram animais domésticos das casas dos cristãos. Muitas casas foram incendiadas e muitos cristãos foram desalojados”, relatou. Fontes locais indicaram que tropas do exército nigeriano foram enviadas à área após o ataque.
Série de ataques
O caso mais recente soma-se a outros episódios de violência contra cristãos na mesma região desde 15 de julho. De acordo com Ishaya, dois cristãos foram mortos e tiveram seus corpos queimados em uma emboscada no município de Bokkos naquela data.
No dia 24 de julho, 14 cristãos foram emboscados e mortos por homens armados enquanto voltavam do mercado de Bokkos para a vila de Mangor. O morador Kefas Mallai afirmou que o ataque ocorreu por volta das 16h e que outras três pessoas ficaram feridas. “Entre as vítimas estavam mulheres e bebês”, acrescentou o líder comunitário Farmasum Fuddang.
O presidente do Conselho de Governo Local de Bokkos, Amalau Amalau, declarou à imprensa cristã internacional que a situação se tornou epidêmica. Kenneth Samson, residente da região, desabafou: “Isso é demais. Não podemos continuar a enterrar crianças e idosos. O governo precisa agir decisivamente para pôr fim a esses assassinatos de cristãos”.
Cristãos expulsos
Segundo Yohana Margif, líder comunitário da área, pastores Fulani armados expulsaram cristãos de nove aldeias, onde agora permanecem. “Os terroristas fulani montaram tendas em nossas terras onde seu gado está pastando. […] Eles construíram tendas e estão portando armas abertamente. Usurparam nossas terras e gado”, denunciou.
As aldeias ocupadas foram identificadas como Hokk, Kaban, Kadim, Nawula, Dulu, Mbor, Margif, Chirang e Mangor.
“Agora que a identidade dos terroristas é conhecida, que as autoridades governamentais relevantes ordenem que as agências de segurança os persigam, para que nosso povo possa retornar aos seus lares ancestrais”, concluiu Margif.
Contexto da perseguição
A Nigéria é considerada um dos países mais perigosos do mundo para os cristãos. De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2025, publicada pela organização Portas Abertas, dos 4.476 cristãos mortos no mundo por sua fé no último período analisado, 3.100 (69%) foram mortos na Nigéria.
O relatório da World Watch List afirma: “O nível de violência anticristã no país já está no máximo possível segundo a metodologia aplicada”. A zona centro-norte, onde há significativa presença cristã, é frequentemente atacada por milícias extremistas Fulani, que invadem comunidades agrícolas, promovem chacinas e deslocamentos em massa.
O Grupo Parlamentar Multipartidário para a Liberdade ou Crença Internacional (APPG), do Reino Unido, apontou em relatório de 2020 que alguns Fulani, embora pertencentes a clãs diversos, adotam uma ideologia islâmica radical semelhante à de grupos como Boko Haram e ISWAP. “Eles adotam uma estratégia comparável à do Boko Haram […] e demonstram uma clara intenção de atingir cristãos e símbolos poderosos da identidade cristã”, destaca o documento.
Líderes cristãos locais entendem que os ataques têm como objetivo a tomada forçada de terras de comunidades cristãs e a imposição da fé islâmica, uma vez que a desertificação tem tornado inviável a pastagem dos rebanhos dos Fulani em suas áreas de origem.
Presença jihadista
Além da atuação dos pastores armados, a Nigéria enfrenta ofensivas de grupos jihadistas, como o Boko Haram e o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP), especialmente nos estados do norte. Estes grupos promovem ataques contra aldeias, realizam sequestros em bloqueios de estrada e impõem o medo por meio de violência sexual e assassinatos.
Recentemente, a violência também tem alcançado os estados do sul do país, e um novo grupo islâmico radical, denominado Lakurawa, foi identificado no noroeste. A organização possui armamento moderno e ligação com a rede Al-Qaeda por meio da célula Jama’a Nusrat ul-Islam wa al-Muslimin (JNIM), com origem no Mali, conforme informado pelo The Christian Post.

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