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20 mil crianças sequestradas na Ucrânia: veja atitude de pastores contra a Rússia

Uma coalizão formada por líderes evangélicos e representantes de organizações religiosas norte-americanas enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao secretário de Estado, Marco Rubio, pedindo que a questão do retorno de milhares de crianças ucranianas levadas à força pela Rússia seja tratada como prioridade nas negociações de paz entre Kiev e Moscou.
O documento, enviado na semana passada, denuncia que cerca de 20 mil crianças ucranianas foram retiradas do país desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, e estão sendo mantidas em território russo em condições que, segundo a carta, violam sua dignidade e seus direitos fundamentais.
“Essas crianças, com idades entre quatro meses e 17 anos, foram submetidas à reeducação política, treinamento militar e assimilação forçada à sociedade russa”, afirmam os signatários.
A coalizão alerta que muitas das crianças foram ilegalmente adotadas por famílias russas, tiveram suas certidões de nascimento alteradas e foram privadas do direito de contato com suas famílias biológicas na Ucrânia. Há ainda relatos de abuso físico, falta de alimentação adequada e ausência de cuidados básicos.
A iniciativa foi liderada por Myal Greene, presidente da organização humanitária World Relief, vinculada à Associação Nacional de Evangélicos (NAE). O documento também foi assinado por líderes de diferentes tradições teológicas, como:
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Walter Kim, presidente da NAE
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Mark Tooley, presidente do Instituto de Religião e Democracia
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Susan Jacobs, ex-embaixadora do governo Obama
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Sharon Willis, do Our Daily Bread Ministries
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Travis Weber, do Family Research Council
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Daniel Darling, do Land Center for Cultural Engagement do Southwestern Baptist Theological Seminary
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Rev. Rona Tyndall, da United Church of Christ
“Nenhum acordo de paz deve ser finalizado até que as crianças ucranianas retornem para casa”, diz a carta. “Instamos vocês, como líderes do mundo livre, a garantir que as crianças ucranianas retornem para casa sem pré-condições antes das negociações de paz”.
O grupo destaca que as crianças não devem ser usadas como moeda de troca nas tratativas geopolíticas. O apelo tem como base não apenas argumentos políticos, mas também princípios morais e bíblicos relacionados à proteção dos vulneráveis.
“Os cristãos são compelidos a falar em nome dos vulneráveis, aqui e no exterior, e isso inclui denunciar a grave injustiça enfrentada pelas crianças da Ucrânia”, afirmou Brent Leatherwood, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul (ERLC), em declaração à Baptist Press.
Leatherwood classificou a situação como uma “violação perversa” da dignidade infantil.
“Não podemos permitir que essas crianças sejam usadas como peões em negociações geopolíticas”, disse. “É nossa responsabilidade moral e legal garantir seu retorno seguro às suas famílias, sem pré-condições”.
Contexto do conflito
A guerra teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando o presidente russo Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia, justificando a ação como uma tentativa de proteção das regiões separatistas de maioria pró-Rússia no leste ucraniano. Desde então, o conflito resultou em dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados, além de repetidas denúncias de crimes de guerra.
As forças ucranianas resistiram à ofensiva com apoio militar significativo dos Estados Unidos e da União Europeia. Entre as acusações contra a Rússia está a transferência forçada de civis, incluindo crianças — prática considerada ilegal pelo Direito Internacional Humanitário.
Negociações sob pressão
Desde que reassumiu a presidência em janeiro de 2025, Donald Trump tem afirmado que pretende “encerrar o conflito”. Em fevereiro, realizou uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, marcada por tensões e resultados incertos.
No mês passado, Trump anunciou ter garantido um cessar-fogo de 30 dias, com a promessa de que a infraestrutura energética da Ucrânia não seria atacada durante esse período. Segundo ele, a trégua foi fruto de uma “conversa muito boa” com Zelensky, embora os termos do acordo não tenham sido formalmente publicados.
A carta dos líderes cristãos aumenta a pressão sobre o governo norte-americano para que os direitos das crianças deportadas sejam priorizados nas tratativas diplomáticas. Os signatários apelam por uma liderança com “coragem e clareza moral” e sustentam que qualquer negociação de paz que desconsidere o retorno dessas crianças seria moralmente inaceitável, conforme informado pelo The Christian Post.

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