opinião
A ditadura do gênero
A mais requintada violência psicológica que se pode imaginar.
Uma histeria coletiva tem punido de forma enérgica quem tresloucadamente comete o absurdo de dizer a verdade; quem ousa discursar com base na realidade e observação dos fatos e não nas percepções ou “experiência interna, individual e profundamente sentida”. Citando uma antiga música diria: o que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou?
É conhecido de grande parte da população brasileira que em 2014, o candidato à presidência pelo PRTB, Levi Levy Fidelix, declarou durante debate promovido pela TV Record, que “aparelho excretor não reproduz”. Isso lhe rendeu uma condenação por “prática de discriminação homofóbica”. Posteriormente, a condenação foi sanamente revertida pelo desembargador Natan Zelinschi de Arruda, acatando a defesa do político que alegava ser liberdade de expressão.
Em 2018, a Universidade de Lund, na Suécia, investigou um de seus renomados professores de neurociência após um aluno acusá-lo de “transfobia” e “antifeminismo”. A acusação do aluno fundamenta-se no fato de o professor ter citado, em uma de suas palestras, uma pesquisa que apoia a conclusão científica de que as diferenças entre homens e mulheres são “fundadas biologicamente” e, portanto, os gêneros não podem ser considerados “construções sociais por si só”.
O professor recusou-se a pedir desculpas, disse que explicou amplamente sua tese e em entrevista à RT, “disse que alguns alunos, ‘por razões ideológicas’, não gostam de ouvir certos fatos científicos sobre diferenças biológicas entre homens e mulheres”.
Para não ficarmos em notícias antigas, recentemente, em 25 de maio, o professor Tanner Cross da Virgínia, foi suspenso por se negar a cumprir a política escolar para se referir aos alunos por seus pronomes preferidos. O Professor discursou para o conselho escolar do LCPS que não afirmaria que um menino biológico pode ser uma menina e vice-versa porque é contra a minha religião. “É mentir para uma criança, é abuso para uma criança e é pecar contra o nosso Deus”. Em junho, o 20º Tribunal do Distrito Judicial da Virgínia concedeu o pedido de Tanner Cross para retornar às suas atribuições docentes. O juiz James E. Plowman Jr. compreendeu que os direitos de Cross à palavra e à liberdade religiosa são fundamentais.
Em Madrid, na Espanha, no final do mês de maio do corrente, um professor de Biologia que há 25 anos lecionava no Instituto público de Alcalá de Henares alega que foi suspenso por dizer em aula de DNA que existem apenas o sexo masculino e feminino, XX ou XY, e que mesmo diante de cirurgia de mudança de sexo os hormônios produzidos nos corpos são do seu sexo natural, uma vez que a cirurgia não consegue alterar o DNA. Não se faz necessário ser biólogo, qualquer pessoa pode atestar essas declarações empiricamente. Apesar disso, as declarações foram consideradas homofóbicas e rendeu-lhe uma suspensão de seis meses e cortes salariais. A diretora Ilenia Megías Chico, em nota, negou as acusações, embora confirme o afastamento do professor. Todavia, não expõem quais seriam os reais motivos do afastamento do docente.
Os coletivos LGBTQIA+, cuja sigla não para de crescer, e o movimento feminista têm abraçado com afinco as teses da ideologia de gênero. Tomam como base os Princípios de Yogyakarta, que são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006, no qual se entende, sem base ou respaldo científico, identidade de gênero:
como estando referida à experiência interna, individual e profundamente sentida que cada pessoa tem em relação ao gênero, que pode, ou não, corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo-se aí o sentimento pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive o modo de vestir-se, o modo de falar e maneirismos;
Embasado nesse princípio, que se finca nas teóricas como Monique Wittig e Judith Butler, já se considera que há tantos gêneros quanto indivíduos. Inclusive, essa incontável variedade de gêneros não é estática, do contrário, pode, e preferencialmente deve ser fluida; afinal, a identidade depende exclusivamente dos sentimentos de cada pessoa, o qual varia conforme as circunstâncias.
Nas palavras de Butler:
A distinção entre sexo e gênero atende à tese de que, por mais que o sexo pareça intratável em termos biológicos, o gênero é culturalmente construído: consequentemente, não é nem o resultado causal do sexo, nem tampouco tão aparentemente fixo quanto o sexo. Assim, a unidade do sujeito já é potencialmente contestada pela distinção que abre espaço ao gênero como interpretação múltipla do sexo. […] Se o gênero são os significados culturais assumidos pelo corpo sexuado, não se pode dizer que ele decorra, de um sexo desta ou daquela maneira. (BUTLER, 2003, p. 24)
Ainda persiste:
O gênero é uma complexidade cuja totalidade é permanentemente protelada, jamais plenamente exibida em qualquer conjuntura considerada. Uma coalizão aberta, portanto, afirmaria identidades alternativamente instituídas e abandonadas, segundo as propostas em curso; tratar-se-á de uma assembleia que permita múltiplas convergências e divergências, sem obediência a um telos normativo e definidor. (BUTLER, 2003, p. 37)
Aportada nessa teoria, vislumbra-se pessoas que profundamente sentem-se como crianças, ou mesmo animais. Vide o caso canadense de Paul, que decidiu se tornar uma garotinha de seis anos, Stefonknee Wolscht, voltar a visitar o jardim da infância e morar com pais adotivos. Ou analise o caso do professor francês que decidiu se tornar Karem e posteriormente um cavalo.
As distinções que há entre homens e mulheres podem ser percebidas em suas anatomias, fisiologias, genéticas. Há irrefutáveis diferenças cromossômicas, hormonais, maturidade sexual, processamento de informações, desempenho em atividades físicas, quantidade de gordura, diferenças nas vozes, entre tantas outras. Todavia, o que a ideologia de gênero visa é reduzir todas as distinções naturais à mera construção social. Essa tem seu papel que reforça positiva ou negativamente, mas não interfere ao ponto de transformar a biologia. A esse respeito a historiadora Ana Campagnolo afirma que é um erro
Considerar que nossas concepções de gênero são falsas por serem artificiais ou culturalmente elaboradas. Elaborar culturalmente também é parte da natureza humana, ser humano é ser cultural. Se as concepções de gênero são artificiais, as concepções do que é ser “pessoa humana” também o são – e todas as demais concepções, afinal, só os seres humanos as têm; os animais não elaboram teorias e criações culturais. O gênero definido em duas partes e apenas duas, feminino e masculino, não deixa de ser real apenas por ser uma criação nossa. A distinção de gênero é tão natural quanto à facilidade que diferenciamos uma “pessoa” de uma “coisa”.
Não bastasse contrariar a compreensão das pessoas sobre si mesmas, o Lobby LGBT insiste em calar as vozes contrárias através de leis que visam alterar as convenções sociais, contudo, tolher o direito de expressar-se contrário não é proteger o grupo LGBT, mas impedir que a verdade seja revelada. Acusam LGBTQIA+fóbico qualquer pessoa que desacredite ou, ainda mais, comprove com evidências científicas que a binaridade dos sexos é uma realidade da qual não se pode fugir. É a verdade, e ela é coercitiva e inescapável, como afirma Rookmaaker.
Todos os teóricos que corroboram essa ideia sobre gênero rejeitam o conhecimento, entregam-se às suas próprias paixões e tomam as suas percepções como verdades inquestionáveis. Cada um deles procura “obter uma compreensão da realidade circundante conforme sua própria sabedoria, sua própria inteligência e sua própria força” (ROOKMAAKER, 2018, P.32). Desta maneira, suprimem a Verdade e defendem teses fundadas exclusivamente em seus desejos para justificar toda a lascívia que esbanjam. Como bem pontua Francisco Razzo (2017, p.40 e 41):
Se dissermos, no entanto, que todo conhecimento é dado pela percepção, é o que cada pessoa acredita perceber, a consequência é não haver possibilidade objetiva de uma opinião estar errada. Mas há opinião errada, e nossas crenças podem ser frustradas. Verdade ou falsidade não é mera propriedade do conteúdo das minhas percepções, mas da relação objetiva entre fatos.
Olavo de Carvalho muito bem pontua que:
Obrigar um ser humano a fingir que enxerga uma mulher quando está de fato enxergando um homem, ou vice-versa, é a mais requintada violência psicológica que se pode imaginar. É destruir a confiança instintiva que ele tem no seu aparato de percepção, é assassinar a sua psique, é negar e suprimir a sua identidade, é reduzi-lo a mero instrumento dos desejos de um outro. É rebaixá-lo a uma condição inferior à do escravo, que, forçado à obediência exterior, conserva a sua liberdade de perceber, sentir e pensar. Um legislador tem de ser infinitamente perverso para desejar impor isso como obrigação legal.
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