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opinião

A moda dos líderes evangélicos que acolhem o pecado

Mais empenhados em promover “autoajuda” do que em guiar um povo santo.

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Homem com Bíblia (Foto:Pexels/Rene)

Liderança eficaz. Muitos buscam a “fórmula” de como liderar e obter êxito na liderança. Utilizam-se de métodos e conceitos para tentar conduzir o rebanho e cuidar da igreja local com a preocupação sobre o que o povo “quer” e não sobre o que precisam.

Estão mais empenhados em promover “autoajuda” do que em guiar um povo santo, zeloso e de boas obras (Tito 2.14) pelo caminho de salvação. Nada contra o aprimoramento em todas as áreas da vida. Isso é saudável, desde que não sejam abandonadas as doutrinas.

No entanto, o que temos visto em muitas igrejas, é que os pastores estão mais preocupados em agradar as pessoas do que a Deus. Confundem, inclusive, a definição de amor. Acreditam que amar é concordar com tudo e ser conivente com todas as coisas. É uma lástima!

Aliás, o mandamento do amor tornou-se arma de chantagem de certos grupos, que tentam influenciar a Igreja a aceitar comportamentos pecaminosos, condenáveis pela Palavra de Deus. Apontam a discordância como sendo falta de amor. Alguns líderes evangélicos caem nesta balela.

Esses líderes estão enfatizando demais o “Deus é amor” (1 João 4.8). Aceitam o adultério, a corrupção e são coniventes com a vida desregrada das pessoas que frequentam os cultos. Até aceitam andar com essas pessoas, que obtiveram algum glamour financeiro graças às falcatruas que se envolveram.

Veja bem, caros irmãos e irmãs, o verdadeiro amor se preocupa em corrigir os erros, sabendo que as consequências são terríveis. Os líderes evangélicos que fazem vista grossa aos desvios morais, não amam de fato. Estão mais preocupados com as vantagens que recebem, seja pelo status, benefícios ou privilégios.

Muitas destas pessoas, que são bajuladas por líderes “amorosos” – leia-se: falso amor – estão com a salvação em risco. Podem ter de prestar contas com Deus a qualquer momento, perdendo a oportunidade do arrependimento pelo fato de não ter tido o pecado confrontado, questionado e condenado.

Reitero que o bom trato é atributo louvável, mas que não se pode ignorar a necessidade das pessoas serem orientadas para uma vida de santidade. A graça não é salvo-conduto para permanecermos pecando.

Veja o que diz Romanos capítulo 6 e versículos 1 e 2: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”.

A Igreja e uma porta para as pessoas entrarem com seus pecados, porém elas devem abandonar as velhas práticas. Boa parte da liderança de nosso tempo acredita que devem acolher essas pessoas e deixar que elas vivam como queiram viver, participando inclusive do Corpo de Cristo.

Estamos vivendo um tempo em que a maioria dos líderes estão enfraquecidos, sem autoridade, deixando de ser referencial de Cristo para agradar as pessoas. As pessoas não precisam deste tipo de liderança, que bajula e acolhe até os piores comportamentos.

A Igreja jamais deve aceitar a substituição do ensino da Bíblia por qualquer outra coisa. Sei que para muitos isso é ser saudosista, mas para mim trata-se apenas de valorizar a Palavra e o Santo Evangelho. Como disse Lutero: “Minha consciência é escrava da Palavra de Deus”.

Logo, devo dizer que o Brasil não precisa de mais denominações e sim de um avivamento de santidade e oração. Não precisamos de lideranças que focadas em agradar as pessoas  e acolher suas imoralidades, mas de pastores preocupados em acolher as pessoas e conduzi-las a salvação.

Deixemos de ser espetáculo para o público e passamos a agir como canais de bênção, onde Deus pode manifestar sua santidade. A presença de Deus não trás euforia, e sim arrependimento de pecado, conserto de suas atitudes e uma prática de vida focada na luz e no sal (Mateus 5.13-16).

Não podemos esquecer que Deus é amor, mas também é fogo consumidor (Deuteronômio 4.24). A igreja desta geração não precisa de inovações e sim de renovações. Deus não inova , Deus renova!

Pastor da catedral da Assembleia de Deus em Cabo Frio, casado com Michelle Gonçalves, formado em direito, filosofia e teologia.

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