estudos bíblicos
A rebeldia de Saul e a rejeição de Deus
Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 6 do trimestre sobre “O Governo Divino em Mãos Humanas – Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel”.

III. Saul: um líder sem critérios
1. Não sabia esperar
A espera dos sete dias em Gilgal, antes de lançar-se à batalha contra os filisteus, fora o primeiro teste para Saul, no qual ele veio a falhar. Deveria esperar o profeta e sacerdote do Senhor, conforme fora advertido, mas receando ver o povo se dispersar por inteiro, precipitou-se e realizou os sacrifícios que Samuel faria, além de ameaçar partir pra guerra sem as devidas instruções que o profeta lhe traria.
Para provar a loucura de Saul, o texto informa: “Mal tinha ele acabado de oferecer o holocausto, eis que chegou Samuel” (13.10). O autor bíblico leva-nos à seguinte reflexão: se Saul tivesse esperado um pouco mais, além de ter confiado na palavra do porta-voz do Senhor, ele teria evitado sua própria derrocada. Ressalte-se que naquele episódio, o povo venceu a batalha contra os filisteus, pois o pecado de Saul afetou somente a ele mesmo. Israel venceu a guerra, mas Saul perdeu o reino! Que triste é quando a igreja avança, mas o pastor fica para trás!
É possível afirmar que ansiedade, medo e pressa ofuscaram o discernimento de Saul, levando a pecar contra Deus. Charles Ryre comenta que Saul “preferiu adotar a ética situacional em vez da ética bíblica”[6]. É trágico quando crentes desobedecem as ordens de autoridades colocadas por Deus, ou mesmo da própria Palavra escrita, ignoram o “tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3.1) e saem a proceder imprudentemente na vida, tomando decisões baseadas em emoções, ao invés da razão. O preço a se pagar é caro e as consequências por vezes são desastrosas e irremediáveis!
Quantos que agora vivem a penar crises financeiras porque se precipitaram em dívidas? E outros que vivem agora a mendigar um emprego, porque outrora pediram demissão do trabalho em que estavam por não suportar algumas agruras? Não poucas mulheres lamentam o casamento infeliz que carregam, porque não souberam outrora avaliar o “príncipe encantado” para além da aparência e das palavras delicadas.
2. Saul: o rei rejeitado
Ninguém é insubstituível! Saul é uma grande prova disso. Embora tendo sido escolhido por Deus, ungido pelo profeta Samuel e possuído pelo Espírito Santo que o capacitou para a missão, além de ter galgado importantes vitórias sobre os inimigos do povo de Israel, Saul “apartou-se do Deus vivo” (Hb 3.12) e excluiu a si mesmo da graça de Deus que o separara para o reino.
Visto que Saul rejeitou obedecer a Deus, Deus recusou firmar sua dinastia no trono, o que deveria acontecer naturalmente já que se tratava de uma monarquia, governo que é passado de pai para filho. Veja quantas vezes Deus fala da rejeição de Saul:
Primeira vez: “Mas agora o seu reinado não subsistirá…” (1Sm 13.14)
Segunda vez: “…Por você ter rejeitado a palavra do Senhor, também ele o rejeitou como rei” (1Sm 15.23)
Terceira vez: “Até quando você [Samuel] terá pena de Saul, se eu o rejeitei como rei de Israel?…” (1Sm 16.1). Nesse último versículo vê-se que nem mesmo o sentimento de compaixão do profeta Samuel pode impedir a rejeição do reino de Saul por parte de Deus.
Em lugar de Saul, Deus já tinha escolhido “um homem segundo o seu coração e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo” (13.14), e este homem era o moço Davi, filho de Jessé, o belemita (1Sm 16.1-13; Sl 89.20).
Ninguém se engane: Deus não tem compromisso com quem não tem compromisso com ele. A benção de Deus é condicional à fé, à perseverança e ao temor demonstrados dia a dia. Se o justo recua de sua posição, Deus não tem prazer nele (Hb 10.38). Não basta começar, precisamos continuar e “completar a carreira” (2Tm 4.7), dando em nosso coração livre curso à graça de Deus para que o seu poder opere em nós a formação do caráter de Cristo, “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).
Conclusão
Saul não estava predestinado à derrota; ele que traçou o seu próprio caminho. As tentações de Saul não eram maiores que a graça de Deus que repousava sobre ele; ele que recusou a operação da graça, preferindo confiar em seu próprio coração. O problema de Saul não foi falta de investimento divino, nem de orientação pastoral, mas os próprios deleites que guerreavam em sua mente (Tg 4.1), e sobre os quais Saul não demonstrou domínio próprio. Saul foi vítima de si mesmo, ele se autossabotou! E isto está tão provado que sua morte foi finalmente provocada por ele mesmo, quando cometeu suicídio (1Sm 31.4). Triste fim para o primeiro rei de Israel. Vigiemos nossa conduta, e investiguemos nosso coração para ver se de fato estamos sendo guiados por Cristo ou pela nossa própria concupiscência!
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Referências
[1] Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 1653
[2] Dicionário Bíblico Ilustrado, Vida Nova, p. 1210
[3] Fábio Henrique Tavares de Oliveira. Depravação total: um retrato da natureza humana com base em II Timóteo 3.1-5, Reflexão, p. 109
[4] D.F. Payne, em Comentário Bíblico Nova Vida, Nova Vida, p. 475
[5] William MacDonald. Comentário Bíblico Popular – Velho Testamento, Mundo Cristão, pp. 207,8
[6] Charles Ryre. Bíblia de Estudo Anotada Expandida, nota de rodapé 1Sm 13.8-9.

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