opinião
Basta um pouco de sal
Todos nós temos em nossas vidas alguém que nos inspiramos como referência espiritual.
Em II Reis 2.19-22 está escrito:
“E os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é boa a situação desta cidade, como o meu senhor vê; porém as águas são más, e a terra é estéril.
E ele disse: Trazei-me um prato novo, e ponde nele sal. E lho trouxeram.
Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Sararei a estas águas; e não haverá mais nelas morte nem esterilidade.
Ficaram, pois, sãs aquelas águas, até ao dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha falado.”
Este é um dos episódios mais marcantes da Bíblia. Interessante que pouco se comenta a respeito.
Eliseu foi o profeta separado por Elias para substituí-lo. Após sua convocação, Eliseu acompanhou seu mestre à partir de Gilgal, Betel, Jericó e Rio Jordão. Eliseu se impressiona da autoridade e virtude que estava sobre Elias. Tanto é que, consciente de que seria arrebatado deste mundo de maneira sobrenatural, Elias diz a seu discípulo: “ – Pede-me o que quiseres.”; Eliseu, sem pestanejar, de pronto, lhe responde: “- Quero porção dobrada deste Espírito que está sobre ti.”. “- Dura coisa pediste! “ Respondeu Elias, “- Assim se fará se me vires sendo tirado de ti.”
Eis que chega o grande momento da separação de ambos e Elias é arrebatado por um redemoinho sobrenatural, deixando para trás sua capa. Eliseu, então, toma as vestes de seu mestre nas mãos, vai em direção ao Rio Jordão, olha para o céu e brada: “ – Onde está o Deus de Elias?” . Fere as águas do Rio Jordão e estas se abrem e ele então atravessa.
Todos nós temos em nossas vidas alguém que nos inspiramos como referência espiritual. Seja um pastor, um professor da Escola Bíblica Dominical ou aquele irmão ou irmã experientes que nos instruíram nos primeiros passos do ensino da Palavra de Deus. Sempre procuramos agir de acordo com estes mestres, seja no andar, na maneira de proceder e também em nossas posturas diante de situações de cunho espiritual. Assim foi com Eliseu, ele teve seu momento de aprendizado junto a Elias, entretanto chegou o momento de Deus tirar-lhe a referência e Eliseu ficou só.
Inevitavelmente nós passaremos por esta mesma amarga experiência de sermos separados de nossas referência e darmos início ao nosso Ministério. O que ficou de Elias foi a capa. A Capa nos fala de legado que temos à nossa disposição. Todavia só a “Capa” não poderá abrir as águas de nossos “Jordões”, é necessário fé, e, com autoridade, tomar atitude de ferir as águas.
Quando Eliseu brada: “- Onde está o Deus de Elias?”, ele não está dizendo que desconhece ao Senhor, mas está afirmando : “Senhor, Deus de Elias, assim como tu foste com meu mestre seja comigo também!”.
Aprendemos que, por fé, todas as dificuldades que se apresentarem diante de nós serão transpostas em nome do Senhor Jesus.
Eliseu chega, então, a Jericó e os homens da cidade, reconhecendo a sua autoridade espiritual, lhe informam: “E os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é boa a situação desta cidade, como o meu senhor vê; porém as águas são más, e a terra é estéril.” (V.19)
Estava acontecendo um problema grave em Jericó; embora a situação da cidade fosse boa as águas contaminadas da cidade estavam impedindo a terra de produzir os grãos, trazendo fome e desesperança da população.
É bom deixar claro o seguinte: “ Não era a terra que contaminava a Fonte das águas da cidade, mas a Fonte das águas da cidade contaminava a terra.”
Quando leio este relato histórico sou levado pelo Espírito Santo de Deus a traçar um paralelo com a realidade da Igreja de Cristo hoje. Assim como Jericó que tinha uma situação boa as igrejas vivem um momento de prosperidade financeira, basta observarmos a suntuosidade de alguns templos. Muitos deles tão grandes e chamativos como o “ego” de seus líderes. Entretanto são depósitos de terra estéril.
Presenciamos muitas lideranças fazendo cobranças dos membros destas mesmas igrejas no sentido de produzirem, evangelizarem, ganharem almas para o Reino de Deus, mas percebem que quanto mais pressionam mais evasão ocorre nos templos, “a terra está estéril, não produz.” Infelizmente estas fontes contaminadas não conseguem, ou não querem enxergar que o problema não está na “Terra”, mas na “Fonte de águas”. Como haverá crescimento espiritual entre os membros, na “Terra”? Se não existe exemplo vindo dos líderes, as “Fontes das águas”?
Como cooperarão para o crescimento do Reino dos Céus na terra? Se percebem que seus pastores estão mais preocupados em estabelecer seus próprios “reinos egoístas e egotistas” (egotista: que ou o que tem excessivo apreço por sua personalidade, seu eu.) na terra.
Como abrirão mão das coisas terrenas? Se percebem que quem deveria ser o exemplo é um acumulador e espoliador contumaz, e faz tudo em nome de Deus?
Como renunciarão? Se o evangelho que tem ouvido nos púlpitos de suas igrejas sequer passa pela Cruz?
Como compartilharão com os necessitados? Se são instruídos a serem filhos mimados materialistas e “exigirem” cada vez mais “coisas materiais” de Deus?
Como serão libertos? Pois é da fonte contaminada que aprendem que a felicidade está em ser possuído pelos “bens materiais”?
Eliseu se distingue dos demais profetas, pois ele sempre tem uma solução simples para problemas complicados. Ele detecta a origem do problema e solicita um “Prato Novo com Sal” e ele mesmo vai ao “Manancial” (Fonte) das águas e lança ali o sal. “…E ele disse: Trazei-me um prato novo, e ponde nele sal. E lho trouxeram. Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele…”(v.20,21)
A primeira coisa que aprendemos neste processo de cura é que o “Prato Novo” nos fala de substituição de estratégias e posturas, reforma não vale, temos que recomeçar da base, do zero, temos que permitir o Senhor fazer coisa Nova em nosso meio.
O Homem de Deus sempre vê o que nós não conseguimos ver. Não deixemos que nosso orgulho nos impeça de vermos o milagre de Deus em nossa seara.
O “Sal” é a Palavra de Deus, a Sã Doutrina, somente Ela pode salvar o rebanho estéril e convencê-lo da Santa Vontade e propósitos do Senhor.
A cura deve começar em nós, liderança, a “Fonte das águas”, que fomos chamados a regar a terra e fazê-las produzir. Só haverá mudança na terra se houver cura na Fonte de Águas. A transformação não se dará por processos de intervenção humana ou denominacional, mas na autoridade do Senhor, em nome do Senhor, na direção do Senhor: “Assim diz o Senhor: Sararei a estas águas; e não haverá mais nelas morte nem esterilidade. Ficaram, pois, sãs aquelas águas, até ao dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha falado.”(v.21,22)
Amado pastor, líder, professor da Escola Bíblica Dominical, etc, nós fomos chamados para sermos os “Mananciais, as Fontes das águas límpidas e puras que é a palavra de Deus. Quanto mais límpidas foram nossas águas mais produtiva será nossa seara. Vivamos em total dependência e fidelidade ao Senhor para não nos enveredarmos no pecado denunciado por Jeremias 2.12,13:
“…Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas….”
Que o Senhor nos abençoe e nos guarde.

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