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Biden ignora consequências e diz que retirada do Afeganistão foi decisão certa

Presidente diz que tropas afegãs não iriam lutar pelo próprio país.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Foto: Adam Schultz/Casa Branca)

Nesta segunda-feira (16), o presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu sua decisão de tirar as tropas americanas do Afeganistão em um discurso, no qual culpou os líderes políticos afegãos.

Enquanto isso, seu governo recebe críticas bipartidárias por causa da rápida ascensão do Talibã e a derrota do governo do Afeganistão.

Durante seu discurso, Biden lamentou o rápido avanço do Talibã e a guerra, no entanto, afirmou que a decisão de retirar as tropas de quase 20 anos de guerra no país foi correta e não se arrepende mesmo diante dos fatos ocorridos no Afeganistão.

“Eu apoio totalmente minha decisão. Depois de 20 anos, aprendi da maneira mais difícil que nunca era um bom momento para retirar as forças dos EUA ”, disse Biden. Acrescentando que a culpa pela situação atual do Oriente Médio é a liderança afegã que “desistiu e fugiu do país”.

“Missão Cumprida”

“Os militares afegãos entraram em colapso … sem tentar lutar. No mínimo, os desdobramentos da semana passada reforçaram que encerrar o envolvimento militar dos EUA no Afeganistão agora era a decisão certa. As tropas americanas não podem e não devem estar lutando em uma guerra e morrendo em uma guerra que as forças afegãs não estão dispostas a lutar por si mesmas”, declarou Biden.

O presidente ainda disse que a missão original foi cumprida, ou seja, pegar os responsáveis pelo ataque de 11 de setembro de 2001 e garantir que a Al-Qaeda não usasse o Afeganistão novamente para atacar e não uma construção de uma nação e que os EUA não deveria ter criado uma democracia unificada e centralizada.

Além disso, ele salientou que o único interesse das tropas americanas no Afeganistão é prevenir um possível ataque na América, destacando o dinheiro gasto na guerra e os soldados americanos que perderam a sua vida lutando, enquanto as forças armadas no Afeganistão não iriam lutar pela própria pátria.

Enquanto isso, grupos que representam as minorias religiosas estão preocupados com a perseguição do Talibã aos cristãos. A Aliança Evangélica Mundial disse em um comunicado que os cristãos e as mulheres irão sofrer muito mais agora, de acordo com o The Christian Post.

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