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Bispos católicos dizem que tomar vacina covid-19 de feto abortado não é pecado
Debate ético sobre uso da vacina levou Igreja Católica a se posicionar.
Questões sobre ética envolvendo a fabricação das vacinas para o combate da covid-19 vêm gerado debates, já que algumas delas foram feitas com células de fetos que foram abortados. Para que as pessoas não se preocupem com essas questões, líderes da Igreja Católica no Reino Unido estão incentivando as pessoas a se submeterem ao medicamento.
As vacinas foram desenvolvidas para combater o coronavírus e foram recentemente aprovadas pelas autoridades britânicas. O reverendo Richard Moth, presidente do Departamento de Justiça Social da Conferência, disse saber sobre os debates do uso das vacinas, mas que é possível receber uma vacina fornecida desta forma.
A Conferência Episcopal da Inglaterra e País de Gales divulgou um comunicado sobre os debates que estão sendo levantados pela população.
“Alguns questionaram o uso da vacina AstraZeneca, uma vez que ela foi desenvolvida a partir de linhagens celulares originadas de células de um feto abortado em 1983”, explicou Moth.
Continuou sua explicação dizendo que “pode-se, em sã consciência e por uma grave razão, receber uma vacina fornecida desta forma, desde que haja uma distância moral suficiente entre a presente administração da vacina e a ação indevida original”.
“Na pandemia de COVID-19, julgamos que existe essa razão grave e que ninguém peca ao receber a vacina. Cada católico deve educar sua consciência sobre este assunto e decidir o que fazer, também tendo em mente que uma vacina deve ser segura, eficaz e universalmente disponível, especialmente para os pobres do mundo”, continuou.
Ele completou afirmando que os católicos podem receber qualquer uma das vacinas desenvolvidas para “o bem dos outros e de si próprios”. O clérigo disse que também é possível recusar uma vacina específica, mas que é dever a proteção os outros da infecção.
“Os católicos podem, em sã consciência, receber qualquer uma dessas vacinas para o bem dos outros e de si próprios. Em sã consciência, alguém pode recusar uma vacina específica, mas continua a ter o dever de proteger os outros da infecção”, completou o reverendo.
Os pesquisadores da Universidade de Bristol afirmaram que as células derivadas dos fetos foram usadas para testar a eficiência da vacina, mas que a vacina não contém tal células. Mesmo assim, muitos se preocupam se a vacina AstraZeneca foi feita com o tecido pulmonar de um feto masculino abortado.
O Reino Unido foi o primeiro país a autorizar o uso de emergência da vacina das empresas mencionadas acima. A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, aconselhados pela Comissão de Medicamentos Humanos, revisaram e aprovaram o seu uso, informou o The Christian Post.
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