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China estabelece relações com o Afeganistão e sinaliza apoio ao Talibã

China oferece apoio e relações amistosas com o novo governo do Afeganistão.

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Abdul Ghani Baradar e Wang Yi
Abdul Ghani Baradar e Wang Yi (Foto: Li Ran/AP)

Especialistas em geopolítica no Oriente Médio já observaram que a China recebeu o novo governo do Afeganistão de maneira cortês, e que os dois países podem estabelecer relações amigáveis.

O pesquisador e professor do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Luz Brancoli, disse que a China reconheceu o Talibã como governo do Afeganistão.

Além disso, Brancoli pontuou que Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa, disse que a China respeita o “direito” do povo afegão de escolher o seu próprio destino e planejam cooperar e manter relações com o país. “Já está claro que os chineses vão negociar com os talibãs”, disse ele.

China se aproxima do Afeganistão

Segundo a Folha de S. Paulo, no fim de julho, o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, teve um encontro com o líder do Talibã, mulá Abdu Ghani Baradar, em Tianjin, tendo até fotos oficiais para registrar o momento.

O professor também observou que está receoso com as promessas recentes do Talibã, de que serão menos brutais do que na década de 90. “Fico parcialmente desconfiado”, disse Brancoli.

De acordo com O Antagonista, a China tem dois motivos para se aproximar do Afeganistão.

O primeiro é devido aos projetos que a ditadura investiu na Nova Rota da Seda no Afeganistão, o segundo é temer que os muçulmanos uigures busquem refúgio no país.

Visto que, os dois países dividem uma fronteira de 76km, na província de Xinjiang, onde a maioria do povo uigur vive. Além disso, a questão da perseguição contra os cristãos pode ser mais acirrada, já que os dois países cometem ampla violação dos direitos humanos contra os seguidores de Cristo.

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