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estudos bíblicos

Compreendendo o dom de profecia a luz da Bíblia

Devemos buscar o discernimento espiritual para sabermos diferenciar entre o verdadeiro e o falso, a profecia da profetada.

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Bíblia. (Foto: Ben White / Unsplash)

Como servos de Deus e conhecedores da verdade, devemos buscar os benefícios espirituais que o Senhor tem derramado sem medida sobre a sua Igreja e dentre essas bênçãos, destacam-se os dons espirituais.

Todos os dons são importantes e não existe dom melhor ou pior, contudo entre o povo evangélico fala-se muito no dom de profecia, que embora incompreendido por alguns e supervalorizado por outros, é de suma importância para o corpo de Cristo.

A palavra hebraica para designar “profeta” é nabi, que é derivada da raiz verbal nabal que significa anunciador, declarador e, por extensão, aquele que anuncia as mensagens de Deus, sendo esta iluminação gerada subitamente pelo Espírito Santo na mente ocorrendo à profecia.

Entretanto, este dom não possui autoridade divina para doutrinar a vida de ninguém e nem serve de direção espiritual para uma Igreja, pois para essa missão foram levantados pastores e obreiros. De acordo com o pastor Valdir Bicego de saudosa memória explicando sobre o dom de profecia: “Não tem função administrativa ou governativa na igreja”.

Jamais devemos permitir que pseudoprofetas queiram profetizar com a intenção de governar a igreja, no entanto, pelo fato de o dom de profecia ser muito importante, sua prática deve ser aceita nos cultos. Segundo o apóstolo Paulo, numa reunião deve haver profecias (1 Co 14.26), devendo dois ou três profetas falar e os outros julgar as mensagens (1 Co 14.29), pois a igreja é soberana.

Na Igreja primitiva, pode-se observar a manifestação desse dom no concílio de Jerusalém (At 15.32), entre os discípulos de João em Éfeso (At 19.6), nas filhas de Filipe, o evangelista (At 21.9), na profecia dos discípulos de Paulo (At 21.7) e na profecia de Ágabo (At 21.10-12).

Contudo, infelizmente, existem alguns excessos em especial na área do dom de profecia, como por exemplo, se o pastor estiver pregando a palavra e um profeta interromper a mensagem pastoral, grande parte da Igreja irá dar mais credito às palavras proféticas do que as pastorais, contudo a principal profecia é a palavra: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”.

Já em outros lugares o culto não possui pregação, mas só profecias e dons e para completar a lista, existem aqueles irmãos que ao invés de frequentar uma Igreja, ficam indo atrás de profetas e alguns destes acabam não recebendo uma profecia, mas, uma poça fria.

Enfim, devemos crer nos dons, inclusive no de profecia que é muito importante para o corpo de Cristo, contudo, este dom deve ser encarado como uma iluminação momentânea da parte do Espírito Santo para transmitir mensagens de edificação exortação e consolação da parte de Deus com o intuito de edificar os membros em um momento especifico, contudo, a edificação permanente de um cristão ou de uma Igreja é a palavra de Deus.

Portanto, devemos buscar o discernimento espiritual para sabermos diferenciar entre o verdadeiro e o falso, a profecia da profetada, a iluminação (Revelação) da revelagem, para que em tudo Deus seja glorificado e os seus servos edificados!

Referências
– APOLONIO, José. Grandes perguntas pentecostais. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
– BICEGO, Valdir. Lição Bíblica: verdades pentecostais. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
– CHAMPLIM, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo: Hagnos.
– GRUDEN, Wayne. O Dom de Profecia. São Paulo: Vida.
– MARTINS, Orlando. Um presente de Deus para você. São Paulo: Editora Candeia, 2014.

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