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estudos bíblicos

Contrastes na adoração da Antiga e Nova Aliança

Devemos perceber a centralidade de Cristo nas figuras do Antigo Testamento, descermos fundo no estudo dos tipos bíblicos para subirmos alto em adoração ao Senhor!

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Reconstrução do Tabernáculo de Moisés em Timna, Israel. (Foto: Wikipedia)

II. A eficácia do culto na Nova Aliança

Três coisas estão destacadas em nossa Lição, como resultados do sacrifício efetuado por Cristo, e que cumpriu, ultrapassou e substituiu o antigo concerto:

Uma redenção eterna (Hb 9.12)

Por redenção eterna não se deve entender que “uma vez redimido, redimido para sempre”. Não é essa a ideia que o autor da carta aos Hebreus tem em mente ao falar de redenção eterna. O que ele está contrapondo é a expiação realizada pelos sacerdotes do tabernáculo e a redenção realizada por Cristo. Enquanto aqueles oferecem sacrifícios “muitas vezes” (Hb 9.25), Cristo o fez uma única vez, para tirar os pecados de muitos (v. 28). Nenhuma outra redenção jamais será exigida, nenhum outro sangue jamais será exigido, nenhum outro cordeiro jamais será oferecido para Deus em favor dos homens, pois a obra que Jesus fez é a única e eterna obra para limpar definitivamente os pecados e reaproximar os homens de Deus. Em virtude disso, Jesus pode tão taxativamente dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14.6).

Uma consciência limpa (Hb 9.14)

A purificação da consciência do crente, que remove dele as “obras mortas”, é efetuada pelo sangue de Cristo por meio do Espírito eterno. Aliás, tome nota: são três coisas chamadas de “eterno/a” no nono capítulo de Hebreus: redenção eterna (v. 12), Espírito eterno (v. 14) e herança eterna (v. 15).

A ênfase no eterno é para contrapor a grandiosidade do ofício sacerdotal de Cristo comparado ao sacerdócio levítico, que foi transitório e teve seu lugar findado quando Cristo bradou “Está consumado” (Jo 19.30). Com a consciência limpa pelo sangue de Cristo, agora podemos todos nós servir ao Deus vivo, ministrando como sacerdotes da nova aliança culto ao Senhor.

Não é sem razão que Paulo diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2).

Nossa consciência foi limpa e nosso entendimento foi feito novo. Somente assim podemos adorar a Deus com todo entendimento (Mc 12.30).

Uma herança eterna (Hb 9.15)

Enquanto que a herança destinada aos judeus do antigo pacto era a terra de Canaã e a prosperidade nela (isso não implica em que os judeus fiéis herdariam apenas a terra e não o céu, mas que o que estava estabelecido no pacto era a possessão da terra), a herança que está destinada explicitamente e garantida neste novo pacto aos crentes é o céu. Não uma herança sujeita à desvalorização, ao roubo ou à corrupção, mas uma herança eterna!

A promessa de Jesus ao jovem rico foi: “…terás um tesouro no céu…” (Mt 19.21). Foi lá que ele nos mandou acumular riquezas imperecíveis (Mt 6.20). E é para esta riqueza imperecível e inexaurível que ele está a nos preparar, “para uma herança incorruptível” (1Pe 1.4).

Desse modo, não só com beleza poética, mas com correção doutrinária, escreveu Emílio Conde estes versos do hino 26 da harpa Cristã, que fala de “A Formosa Jerusalém”:

“Mesmo em dores que que levam à morte;
Sê constante, não voltes atrás,
Tua herança, tua eterna sorte,
É Jesus, o Fiel, o Veraz”

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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