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estudos bíblicos

Contrastes na adoração da Antiga e Nova Aliança

Devemos perceber a centralidade de Cristo nas figuras do Antigo Testamento, descermos fundo no estudo dos tipos bíblicos para subirmos alto em adoração ao Senhor!

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Reconstrução do Tabernáculo de Moisés em Timna, Israel. (Foto: Wikipedia)

III. A singularidade do culto na Nova Aliança

Novamente, como já fizemos nas três últimas Lições, tornamos a enfatizar a tipologia encontrada no capítulo 9 de Hebreus, onde o santuário de Moisés prefigurava o santuário celeste. Creio que no estudo dominical, esta repetição será oportuna para os professores ressaltarem pontos importantes que não puderam ser apresentados ou discutidos em aulas passados, devido a exiguidade do tempo. Neste tópico quero corrigir um erro comumente encontrado na linguagem evangélica: o erro de fazermos aplicações indevidas dos elementos do culto judaico à nossa realidade cristã.

Esse estudo da carta aos Hebreus deve deixar claro para professores e alunos que o santuário da antiga aliança (o tabernáculo e depois o templo) não foi substituído na nova aliança pelo templo evangélico, mas por toda obra realizada por Cristo no calvário – de quem o santuário nos tempos antigos era uma prefiguração – e pela obra que ele ainda realiza no santuário celestial, visto que vive para interceder para sempre por nós! E ainda também por uma nova experiência de vida e adoração a Deus, mas não necessariamente na organização ou estruturação física de nossos templos/cultos modernos.

Portanto, não há equiparação entre o tabernáculo de Moisés e o templo evangélico moderno. Assim, não se pode dizer que o pátio da igreja é o átrio, que a nave da igreja é lugar Santo, nem que o púlpito é o lugar Santíssimo ou o altar. Pastores não são sumo-sacerdotes, nem o púlpito é mais santo do que o resto do templo. Músicos e cantores hoje não são levitas, pois no tabernáculo levita não foi chamado para cantar, mas para ajudar os sacerdotes (que também eram levitas) a sacrificar.

Embora muitos levitas tenham sido posteriormente encarregados da música no culto, levitas (que deviam ser obrigatoriamente descendentes de Levi!) serviam na portaria, carregando bacia de água ou sangue, segurando animais, limpando cocô de bicho no átrio ou carregando lenha pro fogo do holocausto, além de montar e desmontar o tabernáculo e carrega-lo.

E também é um grande equívoco tomar o versículo “o fogo arderá continuamente sobre o altar, não se apagará” (Lv 6.13) para falar de avivamento espiritual – como se tem feito em muitos congressos pentecostais -, pois aquele fogo do altar do holocausto não representava o derramamento do Espírito, mas o derramamento do sangue e o sacrifício de Cristo.

O único sumo sacerdote da igreja é Jesus Cristo e todos os crentes, pastores ou membros, são sacerdotes santos do Senhor que ministram culto e oferecem ofertas à ele (1Pe 2.5,9; Ap 1.6; 5.10; Hb 13.15). Nós, os salvos, somos tanto individualmente como coletivamente o verdadeiro templo do Espírito Santo, o lugar onde Deus habita (Jo 14.23; 1Co 3.16; 6.19; Ef 2.22). E a participação no culto a Deus na nova aliança não é mais privilégio de alguns, senão um bendito privilégio de todos! Como disse Paulo, “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1Co 14.26).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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