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estudos bíblicos

O cristão pode beber vinho? É pecado?

Estudo bíblico sobre o mau uso do vinho pelos personagens bíblicos e o que a Bíblia diz sobre o pecado da embriaguez.

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Pessoas segurando taças de vinho (Kelsey Knight / Unsplash)

Ministros cheios do Espírito Santo

Infelizmente já não é novidade ouvirmos falar hoje de pastores, pregadores ou cantores que sobem ao púlpito para ministrar culto ao Senhor sob o efeito de álcool. E não só álcool, mas também drogas ilícitas. Não raro explode no cenário nacional o caso de um ícone gospel famoso que foi flagrado se embriagando ou se drogando. Muitos não conseguem dar conta de tantas viagens, palestras e shows gospel se não for a base de drogas e bebidas! Lamentável essa troca da unção e do vigor espiritual por uma força artificial e prejudicial fabricada nas excessivas doses de comprimidos, ervas e bebidas!

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Recomendações aos ministros

Seguindo recomendações semelhantes às que foram dadas aos obreiros do culto levítico, os apóstolos do Senhor fizeram aos obreiros do culto cristão recomendações para que se abstivessem da bebida alcoólica, visto seu poder destrutivo para a pureza da mente.

Em suas cartas pastorais, Paulo recomenda tanto que os obreiros não sejam dados nem “a muito vinho”, ou seja, a embriaguez (1Tm 3.8), nem a (pouco) vinho, ou seja, o consumo moderado (1Tm 3.3; Tt 1.7). Nesse segundo caso, Paulo orienta que “não seja dado ao vinho”; mas “dado ao vinho” é uma única palavra no texto grego, que é paranoios, que significa literalmente “ao lado do vinho”. Portanto a recomendação é que o ministro do Senhor nem sequer se coloque ao lado do vinho!

Quanto a recomendação paulina para que Timóteo beba vinho junto com água (1Tm 5.23), deve-se entender pela precariedade de saneamento básico naquela época, quando a água poluída acarretava (como hoje) sérias doenças intestinais, que esta recomendação tem um caráter muito mais medicinal ou preventivo, e não recreativo. Paulo mesmo justifica tal uso do vinho: “por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades”.

A administração responsável do vinho ou de drogas para uso medicinal (os remédios são drogas lícitas) não é pecado ou imoralidade, desde que não criem um vício e sejam comprovadamente eficazes para aliviar a dor ou curar doenças.

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Servos e servas do Senhor precisam oferecer a Deus um “culto racional” (Rm 12.1), com entendimento e sem alucinações; e se está comprovado cientificamente que um simples copo de bebida alcoólica é capaz de prejudicar o senso de um condutor de um veículo na estrada (daí a rigorosa Lei Seca em nosso país que pune motoristas com qualquer teor de álcool no sangue), então nem mesmo este simples copo de bebida alcoólica deveria estar presente em nossas mesas!

Se está comprovado o efeito pernicioso ao cérebro e ao pulmão (além de males causados à família) que drogas como maconha, crack e cocaínas vêm a causar, como tolerar seu “consumo moderado”? Ou como concordar com autoproclamados pastores e líderes evangélicos que ligados por uma união promíscua a partidos de esquerda no Brasil defendem publicamente a bandeira da regulamentação do consumo recreativo de drogas como a maconha?

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Como bem diz o pastor Claudionor de Andrade, tais obreiros são verdadeiros feiticeiros infiltrados entre os crentes, preparando o caminho para o anticristo que irá popularizar o consumo global de psicotrópicos! [2]

Recomendações à igreja

O apóstolo Pedro exorta-nos repetidamente: “sede sóbrios”, “sede sóbrios” (1Pe 4.7; 5.8). Estar sóbrio é o oposto de estar embriagado ou entorpecido. A bebedice é uma marca da vida dissoluta que outrora vivíamos, não da vida regenerada em Cristo (1Pe 4.3; Gl 5.21). Façamos oposição à cultura da bebedice, digamos não aos apelos da bilionária indústria cervejeira e enfrentemos aqueles que, sem nenhuma procuração dos evangélicos, pensam estarem autorizados a falarem em nosso nome, defendendo consumo de bebidas alcoólicas e legalização da maconha. Esses bruxos da religião são piores que Elimas, o mágico, que não cessam de perturbar os retos caminhos do Senhor! (At 13.8-10).

O apóstolo Paulo instrui: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Se não nos colocarmos ao lado do vinho (gr. paranoios), mas deixarmos o Espírito Santo colocar-se ao nosso lado (gr. parakletos) e nos tomar por completo, então será muito melhor provar deste Espírito sem medida, sem limitações! (Jo 3.34).

Sim, do Espírito Santo você pode beber sem moderação! Beba, encha-se e transborde dele, até que você possa dizer como Davi: “O Senhor… unge a minha cabeça com óleo e faz o meu cálice transbordar” (Sl 23.5). Somente os que estiverem sóbrios e cheios do Espírito é que estarão preparados para toda boa obra! (2Tm 2.21).

Conclusão

Há um versículo bíblico que deve resumir muito bem para nós o significa do registro de desvios de conduta dos homens de Deus no passado, seguidos das punições ou tragédias que lhes ocorreram. É quando Paulo diz: “Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (1Co 10.11).

Se queremos ser vitoriosos como vitoriosos foram os heróis da fé, imitemo-lhes os bons hábitos, a confiança e o serviço que realizaram para o Senhor; mas se queremos evitar as derrotas que eles sofreram e as consequências que lhes sobrevieram por causa do pecado, então policiemo-nos, investiguemos nossos hábitos – “examine-se o homem a si mesmo” (1Co 11.28) – e peçamos a Deus a cada dia: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23,24). Amém.

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Referências

[1] O Novo Comentário Bíblico, Central Gospel, p. 32
[2] Claudionor de Andrade. Adoração, santidade e serviço, CPAD, pp. 87-91)

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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