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Cristãos iraquianos falam sobre a importância da cruz

O Dia da Cruz é uma celebração centenária no país que ganha ainda mais relevância.

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Essam, a esposa e o filho preparam a cruz
Essam, a esposa e o filho preparam a cruz (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

Para muitos, a cruz pode ser o tema de uma música cantada na igreja, um pingente de uma joia usada em volta do pescoço ou parte de frases compartilhadas on-line. Mas o que a cruz realmente significa para você? No Iraque, essa é uma questão avaliada todos os anos em uma festa chamada “O Dia da Cruz”. Há séculos, cristãos iraquianos e de outros lugares do Oriente Médio celebram o cristianismo colocando cruzes iluminadas no alto de suas casas.

Ammar, um líder cristão na igreja Al-Tahira, em Qaraqosh, mostrou a foto de uma cruz derrubada de uma igreja pelo Estado Islâmico e depois a cruz restaurada. “Quando o Estado Islâmico tirou todas as cruzes das igrejas em 2014, lembramos mais uma vez o quão importante esse símbolo é para nós. A igreja em que estamos agora era uma galeria de tiros para o Estado Islâmico. A cruz na cúpula foi restaurada pouco depois do nosso retorno em 2017, mas apenas recentemente finalizamos a reconstrução da igreja.”

Ele continua e compartilhar sobre a celebração: “Nós celebramos ‘O Dia da Cruz’ há séculos e isso é muito importante para nós. A cruz nos lembra da vitória de Jesus sobre a morte e a dor. Sim, nós enfrentamos muitos problemas, mas acreditamos que um dia ele nos livrará dessa dor e estaremos com Jesus”.

O valor da cruz para famílias iraquianas

Para a família de Essam, de 55 anos, colocar a cruz no alto de sua casa é uma atividade familiar prazerosa. O filho e a esposa o ajudam a prender a cruz no telhado, enquanto o pai dele observa os procedimentos da rua. “Minha esperança é que a cruz de nosso Senhor traga paz à nossa terra, para que possamos ficar para compartilhar a palavra de Jesus.”

Não muito longe, Salah e o filho também estão ocupados colocando sua cruz no telhado. Ele fez a cruz de madeira decorada com luzes. De seu telhado, Salah está olhando para a vizinhança. Algumas casas têm uma cruz, outras não. Ele suspira: “Depois do Estado Islâmico, muitos amigos e famílias deixaram o país, as casas estão vazias. Me deixa triste ver isso”. Então, ele olha para sua cruz novamente e diz: “Ainda assim, a cruz para mim é um sinal de vitória, a vitória sobre a opressão”.

Na casa de Steven e sua esposa, Hiba, os filhos estão acendendo velas, um sinal adicional de esperança para a cruz já brilhando no alto de sua casa. “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus”, Steven recita 1Coríntios 1.18. Ele quer passar uma mensagem para as pessoas: “Como cristãos iraquianos, nós temos que ficar aqui e provar quão forte Cristo é. Nós precisamos que os cristãos ao redor do mundo fiquem conosco e nos ajudem. Nós somos nativos nesta terra”.

Quando o sol se põe, dezenas de cruzes iluminadas aparecem no horizonte de Qaraqosh. Juntas elas formam uma sinfonia de luzes, um coral de lembretes de que mesmo em tempos de perseguição, e durante uma pandemia mundial, uma coisa é clara: a cruz vence sempre.

Reconstrução no Iraque

Ao longo dos últimos 30 anos tem havido uma fuga em massa de cristãos do Iraque. Essa situação piorou desde que o Estado Islâmico invadiu o país, em 2014, levando ainda mais cristãos a fugir. Agora, muitos deles já voltaram para suas cidades, que precisam ser reerguidas. Sua doação possibilita a reconstrução de casas e igrejas no Iraque.

Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus

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