Críticos querem remoção da menção a Deus da Constituição Suíça

Um membro do parlamento na Suíça está usando tentando usar a proibição de burcas no país para mudar o preâmbulo da Constituição, retirando a menção a Deus. O deputado Fabian Molina é do Partido Socialista Democrata suíço.

O preâmbulo diz: “Em nome de Deus todo-poderoso! O povo suíço e os cantões, na responsabilidade de cuidar do nosso meio ambiente, dão a si próprios esta Constituição”.

Para o deputado, tal declaração vai contra a neutralidade da confederação suíça e entra em conflito com a liberdade religiosa e a liberdade de consciência de não-crentes ou adeptos de religiões não-cristãs.

Foi a Suíça justamente um dos países que mais influenciou a Reforma Protestante, contando com a participação de figuras como Jean Calvino (Genebra) e Ulrich Zwingli (Zurique). O país conta com uma cruz em sua bandeira e uma letra do hino nacional que fazem alusão a esses episódios.

Segundo o Evangelical Focus, a proposta do deputado gerou reação do Partido do Povo Evangélico, que conta com 3 representantes na Assembleia Suíça de Berna. Eles disseram que se opõem a medida, argumentando que a menção a Deus na Constituição é “um sinal de consideração por um poder superior e um reconhecimento dos nossos próprios limites , pois procuramos viver em paz e para o bem de todos”.

Eles enfatizam que, rejeitar as “raízes cristãs de nosso país” seria renunciar ao “fundamento comum de valores que nos une e mantém nossa sociedade unida”. Esses valores cristãos são aqueles em que “os direitos humanos e os direitos fundamentais se baseiam em todo o mundo – e que estão à disposição dos cidadãos, independentemente da sua religião”.

Para Marianne Streif, presidente do Partido Popular Evangélico, retirar a menção na Constituição representa “que queremos uma sociedade sem Deus” e um país “sem este valores [cristãos]”.