Damares exige que pastor Mario de Oliveira se afaste para ser investigado

Em pronunciamento realizado no plenário do Senado Federal, na terça-feira (7), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) cobrou o afastamento imediato do pastor Mário de Oliveira, presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil, para que sejam apuradas as acusações de estupro de vulnerável e abuso sexual de menores apresentadas contra ele.

Segundo a parlamentar, um dos casos foi denunciado em dezembro de 2024, e já resultou na concessão de medida protetiva por parte da Justiça, que impede o líder religioso de manter contato com a vítima, seus familiares e testemunhas do caso. Mário de Oliveira, além de dirigente religioso, foi deputado federal por cinco mandatos.

“Recebi a notícia de que o presidente da minha antiga igreja, o pastor Mário de Oliveira, está sendo acusado de estupro de menores e abuso de mulheres. Isso me causa profunda dor e indignação”, declarou a senadora durante o pronunciamento.

Damares afirmou ter encaminhado ofícios à liderança nacional e internacional da Igreja Quadrangular, solicitando providências formais. De acordo com a senadora, a direção internacional da denominação, sediada nos Estados Unidos, já teria recomendado o afastamento do pastor Mário de Oliveira de suas funções no Brasil.

“Se for verdade que ele estuprou uma menina da própria igreja dentro de um apartamento funcional, isso é gravíssimo. O Ministério Público está investigando e eu aguardo ansiosamente os desdobramentos”, disse a parlamentar. E acrescentou: “Fica aqui meu apelo: pastor Mário de Oliveira, quem não deve não teme: se afaste até o final das investigações”.

Ao final de sua fala, Damares Alves se dirigiu aos demais líderes da denominação pentecostal, expressando pesar pelo episódio e palavras de encorajamento. “Muito triste, presidente. Muito triste. E, aos demais pastores da Igreja Quadrangular, homens sérios, meu abraço e meu respeito. Que Deus tenha misericórdia das crianças”, declarou.

O Ministério Público segue com as investigações em curso, e até o momento, o pastor Mário de Oliveira não se pronunciou publicamente sobre as acusações.