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Vídeo: após 95 dias à deriva no Oceano, pescador ora e é resgatado

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O pescador Máximo Napa Castro, de 61 anos, relatou ter sobrevivido milagrosamente após passar 95 dias à deriva no Oceano Pacífico, enfrentando fome, sede e isolamento. Ele havia partido do porto de San Juan de Marcona, no Peru, no dia 7 de dezembro de 2023, em uma embarcação de pequeno porte.

Segundo seu testemunho, o motor do barco falhou no início da viagem e, dias depois, o rádio via satélite também parou de funcionar. Sem meios de comunicação e incapaz de retornar à costa, o barco foi sendo levado mar adentro.

Durante o período em alto-mar, Castro enfrentou Natal, Ano Novo e o próprio aniversário sozinho, sem saber se sobreviveria. No dia em que completou 61 anos, cantou parabéns para si mesmo e comeu um biscoito salgado, que julgava ser sua última refeição. Os alimentos que havia levado — 10 latas de atum, 8 quilos de arroz e 3 quilos de macarrão — já haviam acabado.

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Estratégias de sobrevivência e clamor por socorro

A partir de então, Máximo passou a beber água da chuva e a capturar baratas que encontrou no barco, armazenando 35 delas para consumo racionado. Em momentos de delírio e imaginação, ele tentava manter o ânimo: “Hoje você vai comer frango grelhado. Aproveite”, dizia a si mesmo antes de se alimentar dos insetos, após retirar pernas e antenas.

Em entrevista ao El País, relatou que chegou ao limite do desespero. “Eu clamei a Deus: ‘Por que você está fazendo isso comigo? Ok, eu sou um ser humano com falhas. Eu fui um mulherengo e zombei das mulheres. Mas eu nunca fui ruim. Toda a minha vida, ajudei as pessoas’”, declarou.

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O pescador confessou ainda ter pensado em pôr fim à própria vida: “Eu admito: orei para que meu barco virasse. Eu até peguei uma faca três vezes. Mas então me arrependi e continuei lutando”.

A fé da família e a corrente de oração

Enquanto isso, em terra firme, seus familiares empreendiam esforços para mobilizar as autoridades. Sua filha, Inés, viajou diariamente à capital Lima para solicitar buscas junto à Direção Geral de Capitanias e Guardas Costeiras, mas não obteve resposta. A mãe do pescador, Elena Castro, chegou a organizar um protesto em frente à prefeitura do Distrito de San Andrés, pedindo o envio de um helicóptero da Força Aérea do Peru, sem sucesso.

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No dia 16 de fevereiro, data do aniversário de Máximo, familiares católicos se reuniram para orar. Segundo uma das irmãs do pescador, a súplica era clara: “Se ele cometeu um erro, o perdoe. Mas guie seu caminho, Senhor. Se ele não te conhece, faça com que ele te conheça. Faça sua vontade”.

Naquele mês, os parentes organizaram uma corrente de oração, pedindo por um milagre e o retorno de Máximo com vida.

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O resgate e a visão de Jesus

Segundo o relato de Máximo, um dia antes de ser encontrado, ele decidiu colocar sua fé em prática mais uma vez. “Eu já estava morrendo e lutando com Deus. Eu disse a Ele: ‘Não quero mais discutir com você, porque sei que você vai me enviar um helicóptero ou um avião’”, contou.

No dia 11 de março, um barco equatoriano que pescava atum localizou o pescador a mais de 500 milhas da costa peruana, em águas internacionais. Um helicóptero foi acionado e realizou o resgate.

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Pouco antes do salvamento, ele conta que, às 17h, uma tartaruga se prendeu ao barco, e ele a capturou. “Com todas as minhas forças, a virei, cortei sua veia jugular e bebi seu sangue. Uma hora depois, o helicóptero apareceu”, afirmou.

Durante o trajeto de helicóptero até o hospital, afirmou ter tido uma experiência sobrenatural: “Ao lado do piloto estava Jesus. Eu o vi claramente. Eu me desesperei e comecei a gritar: ‘Você conseguiu, você conseguiu’”.

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Recuperação e novos planos

Após perder 20 quilos durante os três meses à deriva, Máximo Napa Castro agora se recupera e diz ter novos planos. Pretende reencontrar seus dois filhos mais novos e a neta, que vivem em Santa Catarina, Brasil, e que ele não vê há 17 anos.

Eu me sinto envergonhado. Eu não tenho um único centavo. Espero receber ajuda para realizar meu desejo de conhecer minha neta Thaína. Não quero mais adiar as coisas, porque a vida é agora”, desabafou.

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Por fim, expressou um novo compromisso espiritual: “Agora quero me render à Palavra do Senhor”.

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