Siga-nos!

política

Distrito escolar dos EUA se recuso a incluir ensino da Bíblia

Distrito escolar em Oklahoma decidiu não seguir a diretriz do Superintendente de Instrução Pública do estado.

em

Uma criança com a Bíblia (Foto: Priscilla Du Preez/Unsplash)

Um distrito escolar em Oklahoma decidiu não seguir a diretriz do Superintendente de Instrução Pública do estado, Ryan Walters, que exigia o ensino da Bíblia como parte da educação pública. Nick Migliorino, superintendente das escolas públicas de Norman, afirmou que não implementará essa diretriz, destacando que o currículo e os padrões atuais são claros e que não haverá Bíblias nas salas de aula nem será exigido que os professores ensinem a partir dela.

Essa decisão recebeu apoio de algumas famílias e autoridades democratas locais, como a deputada Annie Menz, que criticou a prioridade de Walters em relação à Bíblia nas escolas em vez de focar em programas de alimentação gratuita para estudantes. Menz enfatizou a importância de expandir o programa de almoço gratuito para garantir que as crianças possam aprender sem fome.

Em resposta, um porta-voz do Departamento de Educação do Estado de Oklahoma classificou a postura do distrito como “anticonhecimento”, afirmando que a Bíblia é fundamental para a história e cultura americanas e que é negligência acadêmica não incluí-la nos materiais instrucionais.

A diretriz de Walters veio em meio a um debate nacional sobre a exibição de símbolos religiosos em escolas públicas, após a Louisiana aprovar uma lei exigindo que os Dez Mandamentos fossem exibidos nas salas de aula. Walters declarou que a diretriz foi uma resposta a preocupações de famílias sobre a ausência da Bíblia no ensino público e que ela seria aplicada de maneira a garantir que seu contexto histórico fosse incluído nas aulas de história.

David Barton, do grupo cristão conservador Wallbuilders, está envolvido na revisão dos padrões curriculares para incluir a Bíblia, apesar de críticas anteriores sobre suas interpretações históricas. Rachel Laser, presidente e CEO do grupo progressista Americans United for Separation of Church and State, afirmou que sua organização está monitorando a implementação dessa política e está pronta para responder conforme necessário.

Esta controvérsia reflete o contínuo debate sobre a separação entre igreja e estado e a forma apropriada de abordar temas religiosos na educação pública.

Trending