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opinião

Domingo não é mais sagrado!

Encorajo você pastor e líder de igreja a repensar o seu jeito de fazer igreja.

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Cristãos em culto. (Foto: Sarah Noltner / Unsplash)

Pode soar estranho esse título que escolhi para esse artigo, mas confesso que a ideia era a de causar estranheza para reter sua atenção em meio as notícias que estão colocadas diante dos teus olhos em um dia normal.

Dizem os especialistas que o homem de hoje consome mais informação em um dia do que o homem do século XIX em toda a vida.

Este é nosso ambiente de missão hoje. A pós-modernidade estabelecida com o advento da tecnologia transformou as nossas vidas e, também, tem transformado as rotinas dos cristãos pelo mundo.

Em meus trabalhos como consultor de comunicação para igrejas o início, quase sempre, vem com o seguinte desafio: queda da frequência da membresia e problemas de conexão com a juventude. Os dois problemas tem relação. Os tempos mudaram. A forma como lidamos com nossa vida e rotina também mudou.

O domingo não é mais um dia sagrado para as famílias em meio a essa corrida contra o tempo que temos no contexto atual. Os líderes das igrejas hoje não competem com a igreja do vizinho ou com outros religiões.

A competição atual está dada contra o tempo de lazer, o tempo com a família, o tempo para resolver questões que não puderam ser resolvidas durante a semana, no tempo com as compras (com os centros comerciais abertos aos domingos). A jeito de viver mudou e precisamos lidar com essa informação.

Outro dado que me faz afirmar que o domingo não é mais sagrado é o da vida ondemand que nós, principalmente a partir da geração dos Millenials como eu, vivemos. Todos os dias podem ser sagrados, já que a tecnologia que nos abraça nos permite ter contato com o conteúdo de nossas igrejas a qualquer tempo, qualquer lugar e em qualquer formato (ou ao menos em muitos formatos). A igreja não acontece mais entre paredes ou presa no CEP de onde estabelecemos um prédio.

As comunidade não acontecem apenas aos domingos nos quantos cultos forem ofertados. A audiência pode acontecer nas (em média) 80 horas “úteis” que uma semana nos proporciona, para não dizer nas 167 horas no contexto de 24×7.

Então, para fechar o começo desse assunto, encorajo você pastor e líder de igreja a repensar o seu jeito de fazer igreja. Sua audiência irá diminuir, mas nem por isso o contato das pessoas com seu conteúdo diminuirá, sua receita será abalada ou seus projetos missionários deixarão de existir. Pense que sua missão acontece omnichannel (multicanal ou em todos os canais, inclusive dentro da igreja).

Exercite que seu conteúdo comece no físico, mas que viva em outros canais e no ambiente digital. Privilegia projetos que busquem as pessoas onde elas estiverem. Pare de demonizar o mundo digital pois, a partir de agora, ele é o seu principal campo de missão!

Lembre-se. Nossa missão, em comunicação ou como crentes regulares, é fazer discípulos (e bons discípulos) e não criar audiência.

Nasceu em São Paulo, casado com a Viviana e pai da Maria Luiza. Jornalista e publicitário com passagens por algumas das principais empresas do mercado editorial, de comunicação e multinacionais de publicidade no Brasil. É fundador da consultoria de comunicação para igrejas ChurchCOM e é autor do livro Marketing Cristão

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