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Record teria sido proibida por Edir Macedo de cobrir a morte do papa

A Record TV, emissora pertencente ao Grupo Record e controlada pelo bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, optou por uma abordagem limitada na cobertura da morte do papa Francisco, falecido na segunda-feira, 21 de abril de 2025. A decisão teria partido de uma orientação interna para não dar destaque ao acontecimento, segundo apuração da revista Veja e confirmada por outros veículos de comunicação.
Enquanto redes como Globo, SBT e Band alteraram suas programações regulares para dar ampla cobertura ao falecimento do pontífice argentino, a Record manteve sua grade habitual. No JR 24h, o fato foi mencionado brevemente, sem inserções especiais ou análise aprofundada.
De acordo com levantamento publicado pela coluna F5, do jornal Folha de S.Paulo, a Record destinou ao todo 15 minutos e 10 segundos de cobertura ao tema ao longo do dia. O programa Fala Brasil abordou a morte do papa por 1 minuto e 40 segundos, enquanto o Hoje em Dia dedicou apenas 1 minuto e 5 segundos.
Essa conduta segue o padrão editorial já observado anteriormente pela emissora em momentos que envolveram o Vaticano. Em 2005, por ocasião da morte de João Paulo II, e em 2013, durante a renúncia de Bento XVI, a Record adotou estratégias semelhantes, com coberturas discretas e sem grande mobilização jornalística.
Desde que foi adquirida por Edir Macedo na década de 1990, a Record tem pautado sua linha editorial por uma reserva quanto a temas ligados à Igreja Católica, reflexo de tensões históricas entre setores da Igreja Universal e o clero católico no Brasil. Em diversas ocasiões, representantes da Universal criticaram publicamente doutrinas e práticas da tradição católica, o que contribuiu para o distanciamento editorial.
Em contrapartida, outras emissoras brasileiras dedicaram cobertura extensiva à morte de Francisco. A TV Globo somou quase oito horas de programação voltada ao tema; o SBT totalizou 7 horas e 48 minutos, considerando transmissões nacionais e locais; a Band, 4 horas e 32 minutos; e a RedeTV!, 1 hora e 54 minutos. Todas mobilizaram equipes e enviaram correspondentes ao Vaticano.
Apesar do tom reservado, a Record transmitiu nesta quarta-feira, 23 de abril, uma reportagem especial a partir do Vaticano, conduzida pelo repórter Mauro Junior, sinalizando alguma movimentação em sua cobertura internacional.
Fontes internas da emissora, ouvidas pela Veja, indicam que o funeral do papa, marcado para o sábado, 26 de abril, deverá receber tratamento jornalístico semelhante: será noticiado, mas sem maior destaque. Segundo relatos, o setor de jornalismo da casa aguarda instruções que só deverão ser repassadas na manhã do próprio dia do sepultamento.
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