Pastor Elias Cardoso critica uso de camisas de time em cultos

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Durante pregação realizada no congresso da União de Mocidade da Assembleia de Deus Ministério de Perus (UMADEMP), o pastor Elias Cardoso, líder da Assembleia de Deus Ministério de Perus, fez duras críticas ao que considera práticas mundanas dentro das igrejas. O vídeo da mensagem repercutiu nas redes sociais após o pastor se posicionar contra o uso de camisas de time de futebol durante os cultos e denunciar a mudança de postura de líderes que, segundo ele, têm deixado a oração de lado para seguir padrões de influenciadores digitais.

“Devolva as nossas igrejas. Devolver o quê, pastor? As igrejas. As assembleianas, pentecostais, que tomaram da gente”, disse o pastor, ao iniciar a exortação. Elias Cardoso destacou que há uma diferença clara entre a visão ministerial da UMADEMP e a de outros segmentos da própria denominação.

Conhecido por sua postura conservadora no meio pentecostal, Cardoso expressou desconforto ao ver adolescentes uniformizados com camisas de clubes esportivos durante cultos:
“Esses dias eu vi, eu fiquei chocado, triste. Sou assembleiano de raiz, nascido no berço, apresentado na igreja, criança na igreja, adolescente na igreja, músico na igreja, obreiro na igreja, carreira pastoral na igreja, carreira profissional. Mas eu vi uma Assembleia de Deus, no Brasil, trazer uma multidão de adolescentes e jovens, todos uniformizados à torcida mundana, dentro da igreja”, afirmou.

As críticas se estenderam também às lideranças responsáveis por iniciativas como essa. De maneira direta, o pastor alertou para a perda do foco espiritual entre ministros da Palavra:
“Por outro lado, você vê pastores que não oram mais. Eles passam, ao invés de passar na sala da oração, do seu devocional da manhã, para buscar unção… isso aqui [o evento de jovens] é resposta de oração. Se não tivesse resposta de oração aqui, o mundanismo já teria marcado muita gente aqui. Talvez não alcançaria o que alcançamos agora”.

Ainda segundo Cardoso, há uma mudança de comportamento que compromete a autoridade espiritual de muitos líderes:
“[Muitos pastores] não passam mais na sala de oração, eles vão para a academia, no culto não oram mais, eles vão para o camarim e apresentam-se como modelitos para influenciar nossos jovens, nossos adolescentes. Que pastores são esses?”.

Ao final da pregação, o pastor dirigiu-se diretamente aos jovens da UMADEMP, incentivando-os a permanecerem firmes na fé, tendo como referência os personagens bíblicos e não os influenciadores seculares:
“Assembleianos: a geração do avivamento, do grito, continua aqui, continua lá, continua nos quatro cantos desse país. Agora é hora de orar. A igreja não tem opinião política, a igreja tem oração. Quando o comitê político para derrubar Daniel fala ‘esse homem é incorruptível, o que a gente faz para tirar ele da circulação?’. [Reuniram] 120 governadores. ‘Só tem um jeito, vamos impedir o culto dele’. Daniel não foi para a academia, Daniel não foi para o shopping, Daniel foi para a sala de oração. Proibido ou não, vou continuar orando. Proibido ou não, o UMADEMP vai continuar orando. Jesus vai continuar batizando com o Espírito Santo. Jesus vai continuar levantando obreiros do nosso meio, pastores do nosso meio, porque a geração do avivamento é fiel até o fim”.