cultura
“Entrevista com Deus” provoca reflexão sobre fé e salvação
Filme apresenta personagens com problemas reais, que geram empatia

O longa “Entrevista com Deus”, que estreia em todo o Brasil nesta quinta-feira (15) foge do lugar comum dos filmes evangélicos. Escrito e produzido por Ken Aguado, a história oferece entretenimento enquanto provoca reflexão sobre fé e salvação.
Algumas produções com temáticas cristãs pecam em oferecer uma teologia onde tudo se resolve de uma maneira “fácil” por conta da fé dos personagens. A proposta de “Entrevista com Deus” é mais realista: pessoas têm problemas e a graça divina nos ajuda a enfrentá-los.
Quando se vai ao cinema, geralmente é em busca de diversão e não no debate sobre algumas das grandes questões da vida. A multidão de filmes de super-heróis que foram sucesso de bilheteria na última década deixa isso muito claro.
No filme, Paul Asher – vivido por Brenton Thwaites, de “Piratas do Caribe” – é um jornalista que recentemente voltou da cobertura da guerra no Afeganistão. Seu casamento está em crise e ele lida com stress pós-traumático. Em vários momentos mostra que o que ouve na igreja não é o suficiente para acalmar o seu coração. Quando recebe uma oportunidade de entrevistar a Deus, acaba deixando seus problemas pessoais interferirem em sua conversa cara a cara com o Criador.
Não há respostas fáceis. Deus, interpretado por David Strathairn, concede a Asher três entrevistas de meia hora em dias consecutivos. A interação dos dois é o centro do filme. Mais do que uma sessão de perguntas e respostas, o que testemunhamos é um instigante debate sobre o sentido da vida e o destino eterno.
Por vezes, é Deus que interroga o repórter, ecoando os diálogos do livro de Jó. No final do filme, fica evidenciada que se trata de uma grande parábola sobre o que significa viver como cristão apesar das dificuldades cotidianas.
A fé cristã é pessoal e deveria ser um relacionamento, não uma série de ritos e padrões de comportamento. Paul Asher é quase uma parábola sobre como a maioria de nós se comportaria caso pudesse fazer, de fato, uma entrevista com Deus.
Trata-se de uma ficção bem alicerçada em uma compreensão teológica que se diferencia dos sermões de vitória garantida. Um cristão “não praticante” que assistir o longa possivelmente será confrontado com o questionamento existencial, uma vez que Paul não seria considerado um “bom exemplo” de fiel.
O poder da oração e a dependência de Deus são temas comuns em sermões dominicais, na tela eles se incorporam a uma série de elementos que mostram o que significa viver como cristão na complexidade do mundo atual.
De muitas maneiras, “’Entrevista com Deus” oferece uma oportunidade de se identificar respostas (por vezes parciais) para dúvidas comuns sobre porque “coisas ruins acontecem com pessoas boas” e como somos alvo do amor de Deus, apesar de nossas falhas.
Assista ao trailer!

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