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Escola demite professora que explicou o que é pecado

Uma professora cristã do Reino Unido, que afirmou a seus alunos que se identificar como LGBT era um pecado, perdeu uma ação judicial contra sua demissão. O caso ocorreu após um painel de conduta profissional concluir que seus comentários configuraram conduta antiprofissional.
A juíza da High Court, Beverly Lang, rejeitou o recurso interposto em nome de Glawdys Leger, na quinta-feira, 21 de março de 2025. Leger, de 44 anos, que lecionava línguas modernas, foi demitida da Bishop Justus Church of England School, localizada em Bromley, em maio de 2022, após comentários feitos em uma apresentação a alunos do sétimo ano, ocorrida em fevereiro do mesmo ano.
A professora havia sido solicitada a ensinar sobre direitos humanos durante uma aula de estudos religiosos, que incluía uma apresentação de slides abordando tópicos LGBT e “características protegidas”, conforme documentos judiciais. Durante a aula, Leger compartilhou suas crenças cristãs, explicando por que acreditava que a ideologia LGBT contraria seus princípios religiosos. De acordo com os documentos do processo, uma aluna, orientada pela mãe a registrar possíveis comentários “transfóbicos”, anotou declarações feitas por Leger que foram consideradas “muito angustiantes” pela mãe da estudante.
Leger foi acusada de fazer “comentários inapropriados”, como afirmar que se identificar como LGBT “não é bom” e é um “pecado”, que “Deus deveria estar antes dos LGBTQ+”, que “as pessoas sempre serão vistas por Deus como tendo seu gênero de nascimento” e que pessoas que se identificam como trans são “simplesmente confusas”.
No julgamento, a juíza Lang observou que as conclusões do painel eram “sanções justificáveis e proporcionais à sua conduta profissional inaceitável”, concluindo que não houve “nenhuma violação” do Artigo 8 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que trata do direito à vida privada.
A decisão do painel não resultou em uma proibição definitiva de Leger de lecionar, mas a professora se opôs ao currículo do sétimo ano, que incluía conteúdos que, segundo o Christian Legal Centre (CLC), representavam uma visão “extrema sobre identidade de gênero”, sugerindo que as crianças poderiam nascer no corpo errado. O currículo também apresentava identidades de gênero como pansexual, assexual, intersexo e transgênero.
Após o incidente, um aluno registrou uma reclamação sobre os comentários da professora, o que levou à sua suspensão em março de 2022 e à demissão em maio do mesmo ano. Em dezembro de 2023, a Agência de Regulamentação do Ensino publicou as conclusões do painel, que não proibiram Leger de ensinar novamente.
Leger argumentou no Tribunal Superior que suas declarações precisavam ser contextualizadas e que a divulgação dos resultados infringia sua privacidade. A professora também alegou que a exigência da escola de oferecer um currículo equilibrado não deveria ser aplicada a ela como professora individual.
Em seu julgamento, a juíza Lang afirmou que a decisão do painel não foi excessiva e que o relatório seria retirado da vista do público após dois anos. Lang também destacou que, embora os comentários de Leger “não respeitassem o direito dos outros”, eles não indicavam “falta de tolerância” nem foram feitos com a intenção de causar sofrimento.
Andrea Williams, diretora executiva do Christian Legal Centre, afirmou que Leger “se importava profundamente com as crianças sob seus cuidados e queria ensiná-las sobre a tolerância e a esperança encontradas na fé cristã”.
Segundo informações do portal The Christian Post, Andrea Williams também observou que, devido a esses princípios, Leger enfrentou punições e até o risco de perder sua licença para ensinar.

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