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Especialistas alertam para ponto crítico de violência em Manipur, na Índia

ONU Pede Intervenção na Índia devido à Violência em Manipur.

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Violência em Manipur, Índia. (Foto: Reprodução/VOM Canada)

Dezenove especialistas independentes do Conselho de Direitos Humanos da ONU apelaram ao governo da Índia devido à contínua violência no estado de Manipur, que já deixou 187 mortos, 70.000 deslocados e centenas de igrejas destruídas em meio a tensões étnicas e religiosas. 

Segundo The Christian Post, os especialistas da ONU observaram que os cristãos foram desproporcionalmente afetados, afirmando que a violência foi incitada por discursos de ódio contra a minoria cristã Kuki-Zo, especialmente mulheres, devido à sua etnia e crenças religiosas. O conflito envolve as tribos Meitei, em sua maioria hindus, e Kuki-Zo, em sua maioria cristãs, de Manipur.

Da mesma forma, eles expressaram alarme com o uso indevido de medidas de combate ao terrorismo contra minorias étnicas e religiosas, de acordo com o grupo de direitos humanos ADF International. Giorgio Mazzoli, diretor de Advocacia da ONU para a ADF International, afirmou que a crise atingiu “um ponto crítico”. 

“Já passou da hora de as autoridades indianas não apenas conterem a violência contínua, mas também erradicarem quaisquer leis e políticas que interfiram ou restrinjam o desfrute da liberdade religiosa e perpetuem a perseguição enfrentada pelas minorias religiosas”, disse Mazzoli. 

Assim, de 3 a 6 de maio, a violência resultou em mais de 100 mortes e centenas de feridos. Cristãos estão enfrentando hostilidade dos Meiteis pelo fato de serem cristãos. Símbolos religiosos e locais de culto foram fortemente visados, mais de 250 igrejas foram queimadas ou danificadas. A ONU criticou a resposta lenta e inadequada do governo indiano, incluindo a aplicação da lei, para conter a situação. 

Além disso, a denúncia apresentada inclui depoimentos de várias mulheres que foram brutalmente estupradas, agredidas e até mortas por multidões. Organizações de ajuda e voluntários estão principalmente auxiliando as vítimas, uma vez que o governo ofereceu compensação limitada para os mortos, mas nenhuma para os que perderam suas casas ou negócios.

Por fim, a violência eclodiu em Manipur após uma ordem judicial controversa para que o estado considerasse estender benefícios econômicos especiais e cotas, anteriormente reservados ao povo tribal Kuki-Zo, para a população Meitei. Espera-se que o governo da Índia responda ao apelo da ONU dentro de 60 dias. 

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