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Estratégias bíblicas para uma nação transformada

O Brasil tem jeito!

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Sim, o Brasil pode se tornar um país seguro, próspero e com alta qualidade de vida! O ponto de partida é olharmos para a Palavra de Deus e aprendermos os princípios fundamentais a serem aplicados em cada área da sociedade. Cada área revela atributos específicos da natureza de Deus, bem como parte do Seu caráter. Deus ensinou-os para Seu povo no período até a chegada e a conquista da terra prometida. Deus entregou-lhes uma Lei Civil completa e leis e orientações sobre economia, família, saúde, meio ambiente, dentre outros temas. Para tanto, Deus usou a vida de Moisés para conduzir e ensinar o povo a formar e administrar uma Nação: a Nação de Israel.

Enquanto líder político e espiritual, Moisés executou um trabalho muito árduo. Ele discipulou mais de três milhões de pessoas pobres, sem qualquer escolaridade, sem governo, sem exército, sem perspectiva profissional, enfim, o povo mais numeroso e subdesenvolvido que já existiu na terra. Em cerca de 300 anos, esse mesmo povo se transformou em uma grande, poderosa e conhecida Nação. O mundo todo falava de Israel e o reconhecia por expressar a cultura do Reino de Deus (I Rs. 10: 1-10). Israel tinha leis justas; era economicamente próspero; sua arquitetura e artes eram brilhantes; sua educação era diferenciada; seu povo era feliz. Construídas com base nos princípios fundamentais do Reino de Deus, as diferentes áreas da sociedade revelavam Deus.

Uma Nação transformada pela cultura do Reino entende o propósito e estabelece as responsabilidades apropriadas, pelo menos, em relação às três principais esferas da sociedade, quais sejam, a família, a instituição Igreja, e o governo civil.

A família se constitui pela união civil de um homem com uma mulher e seus filhos. Nessa relação, pais e filhos apresentam responsabilidades específicas. Cabe ao casal a procriação (Gn. 1:28; I Tm. 5:10) e a educação de seus filhos tanto em relação ao seu caráter (Gn. 18:19) e a sua visão de mundo (Sl. 78:5), como em relação às responsabilidades individuais dos filhos (Pv. 22:6) e à aplicação de disciplina e correção (Ef. 6:4). Além disso, na perspectiva do Reino, compete à família os cuidados relacionados à saúde e às garantias sociais (e não ao Estado, como acreditamos e por vezes defendemos). O cuidado aos doentes, idosos, órfãos e viúvos (I Tm. 5:4, 8, 10, 16; Dt. 15: 7, 8, 11; 14: 28-29), assim como a poupança e os investimentos para aposentadoria e a posteridade (2 Co 14:14, Pv. 19:14, Dt. 21:17) constituem responsabilidades da família em uma Nação construída a partir da cultura do Reino de Deus.

Numa Nação transformada ademais, a instituição Igreja apresenta e cumpre o propósito e os deveres a ela atribuídos pela Palavra de Deus. Cabe à Igreja instruir regularmente seus membros na verdade bíblica aplicada a sua vida (Mt. 28: 18-20; 2 Tm. 3: 16-17) e administrar os sacramentos, como a adoração e os sacrifícios, o batismo e a ceia, e a disciplina na própria instituição (I Co 5: 8-13; 11: 23-25; Mt. 18: 15-17). Mas não só: também consiste numa atribuição da instituição Igreja capacitar e organizar os cristãos para exercerem sua vocação profissional com excelência e de modo exemplar e influente nas diversas áreas da sociedade (Ef. 4: 11-12, 16; Tt. 3: 8, 14).

Por fim, uma Nação que emana alegria, paz e justiça apresenta um governo civil que protege o justo e pune o criminoso. Sob a ótica do Reino de Deus, o Estado possui primordialmente essas duas funções. Ao governo civil cabe proteger a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos por meio de uma política de direitos clara e uma polícia forte e efetiva (Rm. 13: 3-4; 1 Pd. 2: 13-14), bem como punir os criminosos a partir de julgamentos imparciais e justos e pela aplicação da lei (Ex. 20:13, 21: 12, 22:2).

Sim, o Brasil tem jeito e pode ser transformado! Depende de nós alinharmos o propósito e desempenharmos as responsabilidades bíblicas para cada área da vida!

Possui graduação em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007) e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Harvard (2014). É pós-doutora em Ciência Política, especialista em Políticas Públicas e Participação Social.

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