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Estudo diz que igrejas ainda enfrentam desafios decorrentes da pandemia
Estudo aponta envelhecimento da igreja como um dos desafios enfrentados pós pandemia.
Em meio a um período de “incerteza e turbulência” após a pandemia da Covid-19 e os bloqueios, as igrejas estão enfrentando desafios significativos. Um novo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa em Religião de Hartford, na Universidade Internacional de Hartford, destaca várias preocupações enfrentadas pelas igrejas e comunidades religiosas nos Estados Unidos.
Segundo The Christian Post, o estudo, intitulado “De Volta ao Normal? As Mensagens Mistas de Recuperação Congregacional Após a Pandemia,” reuniu 4.809 respostas de 58 grupos denominacionais cristãos. O projeto faz parte de uma pesquisa maior chamada “Explorando o Impacto da Pandemia nas Congregações,” financiada pela Lilly Endowment Inc.
Apesar de cerca de um terço das igrejas pesquisadas tenha relatado um aumento na frequência desde o início da pandemia em 2020, mais da metade delas experimentou uma queda na frequência em comparação com os níveis pré-pandêmicos. Essa diminuição levanta questões sobre o impacto contínuo da pandemia nas trajetórias de crescimento e declínio das igrejas.
Embora os números de declínio não sejam dramáticos, o estudo destaca que os desafios existentes antes da Covid-19 persistem, mesmo que as congregações mantenham um otimismo em relação ao futuro. Um desses desafios é o envelhecimento do clero e dos membros da congregação. A idade média dos líderes seniores da igreja aumentou de 57 em 2020 para 59 em 2023.
Além disso, a parcela de fiéis com mais de 65 anos aumentou de 33% para 36% no mesmo período. Essa tendência de envelhecimento levanta questões sobre a representatividade das gerações mais jovens nas igrejas. O estudo destaca uma diminuição na presença de participantes com menos de 35 anos, de 37% em 2020 para 32% em 2023, e um aumento na exaustão do clero.
Desse modo, mais de 50% dos pastores pesquisados admitiram ter considerado deixar o ministério pastoral, um aumento em relação a anos anteriores. Isso é mais comum entre pastores mais jovens, pastores em situações desafiadoras e aqueles que veem uma má adaptação entre eles e a congregação.
Por fim, o estudo aponta a relutância das igrejas em se adaptar às mudanças, destacando a prática da adoração híbrida como uma oportunidade para a inovação e o crescimento das igrejas, desde que os desafios relacionados ao envolvimento dos participantes virtuais sejam abordados.