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Filme diz que fundação dos EUA foi intervenção de Deus

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Filme diz que fundação dos EUA há 200 anos foi intervenção de Deus

Um novo filme nos Estados Unidos busca resgatar a ideia de que a origem da nação americana foi marcada por eventos providenciais. Intitulado The American Miracle (O Milagre Americano), o longa estreia nos cinemas entre os dias 9 e 11 de junho, propondo uma leitura histórica que aponta a intervenção divina como elemento central nos momentos decisivos da fundação dos Estados Unidos, há quase 250 anos.

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A produção é baseada no livro homônimo lançado em 2016 por Michael Medved, que também participa como comentarista no filme. A direção é de Tim Mahoney, conhecido por projetos de viés histórico e religioso. O lançamento ocorre no contexto da aproximação do aniversário de 250 anos da independência americana, celebrado oficialmente em 4 de julho de 2026.

Providência divina

Em entrevista ao Crosswalk Headlines, Michael Medved afirmou que os fundadores dos Estados Unidos compartilhavam a convicção de que Deus havia determinado um propósito para o país. “Parte do que todos aqueles Fundadores concordavam era a ideia da providência divina — que eles tinham um destino especial para o qual Deus havia determinado um caminho para os Estados Unidos”, disse. “Devemos sentir gratidão, não culpa, pelo passado da nossa nação.”

Medved mencionou o discurso de posse de George Washington, em 1789, no qual o primeiro presidente americano reconheceu a “Mão Invisível que conduz os negócios dos homens”. Washington afirmou que “cada passo” dos cidadãos e líderes parecia marcado por sinais de intervenção providencial.

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De acordo com o autor, essa perspectiva foi transmitida a ele por seu pai, que dizia que “a América e as bênçãos da América não são acidentes”. Para Medved, o país foi “abençoado com responsabilidades especiais”, entre elas a missão de “defender os ideais da liberdade humana, da escolha humana”.

Ação de Deus

O filme reconstitui dois episódios específicos que Medved considera evidência da ação divina no curso da história americana.

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O primeiro ocorreu em agosto de 1776, durante a Guerra da Independência, quando uma neblina inesperada cobriu o East River, em Nova York. Segundo o autor, essa névoa permitiu que o general George Washington conduzisse suas tropas em pequenos barcos para escapar dos britânicos após a derrota na Batalha de Long Island. “Eles escaparam sem baixas e venceram a guerra”, afirmou.

O segundo episódio se deu em 4 de julho de 1826, exatamente no 50º aniversário da assinatura da Declaração de Independência. Naquele dia, faleceram John Adams e Thomas Jefferson, respectivamente segundo e terceiro presidentes dos Estados Unidos. Ambos haviam sido protagonistas do processo de independência, rivais políticos durante anos e mais tarde reconciliados. “As chances contra isso são de cerca de 5 milhões para uma”, disse Medved.

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Segundo ele, o fato de os dois líderes terem vivido até aquela data, enviando mensagens públicas em comemoração ao jubileu da nação, e morrerem no mesmo dia, reforça a ideia de que o destino dos Estados Unidos seguia um roteiro guiado.

União e memória

O filme busca dialogar com um público amplo, segundo Medved, que destacou a presença de figuras de diferentes espectros políticos na obra. “Espero que isso ajude a unir os americanos de todas as perspectivas políticas”, afirmou.

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Com uma linguagem acessível e narrativa que entrelaça registros históricos com dramatizações, The American Miracle tenta reposicionar o debate sobre as origens dos Estados Unidos, recorrendo à noção bíblica de propósito nacional, como sugerida em passagens como Provérbios 16:9 — “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos”.

A proposta do filme, segundo seus criadores, é reacender nos espectadores um senso de gratidão, memória e responsabilidade, destacando momentos nos quais a história americana, em sua fragilidade, teria contado com uma intervenção além das forças humanas.

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