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No Quênia, terroristas invadem ônibus à caça de cristãos para executar

Cinco cristãos foram assassinados e dois ficaram gravemente feridos no nordeste do Quênia, em um ataque ocorrido no dia 29 de abril. O atentado aconteceu quando um micro-ônibus transportava trabalhadores de uma pedreira para a vila de Bur Abor, no condado de Mandera, região próxima à fronteira com a Somália. Os passageiros, a maioria vinda de outras partes do país, foram interceptados por homens armados que abriram fogo após uma triagem religiosa.
Segundo o relato de um ancião local ao órgão de monitoramento International Christian Concern (ICC), os agressores bloquearam a estrada, ordenaram que todos descessem e exigiram documentos de identidade. “Pediram documentos de identidade e, quando alguns dos homens hesitaram ou mostraram nomes cristãos, os tiros começaram”, disse ele. Cinco trabalhadores morreram na hora, dois ficaram feridos e 13 conseguiram fugir para uma mata, onde permaneceram escondidos até a chegada das forças de segurança.
De acordo com o ICC, os autores do atentado seriam membros do grupo terrorista Al-Shabab, com base na Somália, que tem histórico de ações violentas contra comunidades cristãs na região.
Alvos escolhidos pela fé
O ataque do dia 29 repete o padrão de outros atentados anteriores atribuídos ao Al-Shabab, nos quais as vítimas eram selecionadas com base em nome, origem ou confissão religiosa. “Eles estavam nos atacando. Não pediram dinheiro. Queriam saber a nossa fé. Quando descobriram que éramos cristãos, começaram a atirar”, declarou um dos sobreviventes à ICC.
Moradores do condado de Mandera afirmam que a violência tem se intensificado contra trabalhadores não muçulmanos, especialmente os vindos de regiões mais ao sul do Quênia. Para muitos, a identidade cristã passou a representar um risco de vida.
Escalada de atentados no norte do Quênia
O atentado em Bur Abor ocorreu cerca de um mês após outro ataque no Condado de Garissa, em que terroristas do Al-Shabab invadiram um acampamento da Polícia Nacional e mataram seis agentes, deixando outros quatro feridos.
“Eles usaram armas variadas para invadir o acampamento. Os policiais, muitos dos quais estavam se preparando para as orações matinais, foram pegos completamente desprevenidos”, afirmou o comissário de Garissa, Mohamed Mwabudzo.
Segundo dados do governo queniano e de entidades como a Kenya Conference of Catholic Bishops (KCCB), os ataques nos condados de Mandera, Wajir e Lamu têm seguido um padrão de violência sectária, com foco em cristãos e agentes do Estado. As autoridades informaram que investigações seguem em curso, mas nenhuma prisão foi anunciada até o momento.
Fé em meio à dor
Apesar das perdas e da insegurança, a fé tem sido o sustento de muitas famílias afetadas pelos atentados. Cristãos na região relataram que têm buscado consolo na oração e nas Escrituras.
Uma viúva, cujo marido foi morto em um ataque semelhante em 2023, compartilhou à ICC que tem se fortalecido com o Salmo 23.4: “Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo; tu me proteges e me diriges”.
Líderes cristãos no país pedem orações e medidas concretas para proteger os trabalhadores vulneráveis em áreas de risco. “Eles nos perseguem pela nossa fé. O governo precisa agir para impedir que mais sangue seja derramado”, disse um pastor local, sob condição de anonimato, temendo represálias.
Contexto regional
O grupo Al-Shabab é uma organização extremista islâmica que opera a partir da Somália, e é ligado à Al-Qaeda. Desde 2011, após a intervenção militar do Quênia na Somália, o grupo intensificou seus ataques em território queniano, frequentemente visando cristãos, igrejas e agentes do governo. Em abril de 2015, o Al-Shabab foi responsável pelo ataque à Universidade de Garissa, que resultou na morte de 148 pessoas, a maioria cristãos.
Em meio à escalada de violência, líderes cristãos pedem cobertura espiritual e proteção governamental, citando passagens bíblicas como Mateus 5.10: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus“.
Enquanto o governo promete reforçar a segurança nas regiões afetadas, as igrejas seguem acolhendo os enlutados e reafirmando a esperança no cuidado de Deus diante da dor.

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