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França se torna um dos países mais antissemitas da Europa, diz pesquisa

Um terço dos judeus consideram as políticas da União Europeia antissemitas.

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Lápides judaicas vandalizadas na França
Lápides judaicas vandalizadas na França (Foto: Jean-Francois Badias/AP)

O aumento de incidentes violentos anti-judeus, tanto verbais quanto físicos,  na diáspora tem convencido judeus e pró-Israel em todo o mundo, que o antissemitismo definitivamente aumentou nos últimos anos.

O Fórum Europeu da Universidade Hebraica de Jerusalém (HUJI) realizou uma pesquisa sobre as percepções israelenses sobre a taxa de antissemitismo na Europa e se eles vêm o antissemitismo como a força motivadora por trás das políticas e críticas da União Europeia a Israel.

A pesquisa incluiu 1.006 homens e mulheres, judeus e árabes, com 18 anos ou mais, em uma amostra representativa da população adulta israelense. O trabalho de campo foi feito pelo Instituto PORI e parcialmente financiado pela Fundação Hanns-Seidel em Jerusalém.

Entre as descobertas, enquanto 53% dos entrevistados judeus acreditam que a situação dos judeus na Europa vai piorar, apenas 25% acreditam que as coisas permanecerão as mesmas. Além disso, a pesquisa notou que os entrevistados mais velhos eram mais religiosos e tinham visões mais pessimistas sobre a situação.

Entre os entrevistados árabes, 52% acreditam que a situação dos judeus na Europa permaneceria a mesma e 20% acredita que melhoraria. A França (39%) e a Polônia (33%) lideraram o grupo entre os países europeus considerados os mais antissemitas.  Apenas um terço dos judeus acredita que tenha uma ligação direta entre as críticas a Israel e o antissemitismo.

Quando questionados se consideram as políticas da União Europeia antissemitas, um terço (27%) dos entrevistados judeus rejeitou a noção de imediato, enquanto um número igual acredita que as políticas são motivadas pelo antissemitismo.

De acordo com Israel 365 News, para a prof. Gisela Dachs, do Fórum Europeu do HUJI e principal autora da pesquisa, a percepção da França como o topo da lista de nações antissemitas europeias não é uma surpresa.

“Por muito tempo, tem sido um segredo aberto que a França está repleta de antissemitismo, e não apenas entre os políticos e populações de extrema-direita. (…) os judeus franceses começaram a sentir que pode não haver futuro para a geração mais jovem na França, e alguns emigraram para Israel para manter sua identidade judaica”, disse.

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